Ao longo dos anos, a Rua José de Alencar manteve o perfil residencial mesmo após ter pedido as áreas de estacionamento e se transformado em uma das ruas mais movimentadas de Curitiba. No entanto, de acordo com as imobiliárias da região, o barulho e a falta de vagas são um obstáculo para a venda de imóveis residenciais.
"Se na José de Alencar o preço de um imóvel é de R$ 1,5 mil o metro quadrado, em uma transversal mais silenciosa o valor sobe 15% ou 20%", diz o corretor de imóveis da Habitec, Amauri Bernardes da Silva. O gerente de vendas da Futurama Imóveis, Luiz Santa Rosa, admite as difilculdades, entretanto, para ele, sempre existe público interessado. A moradora da rua, a professora Laura Albuquerque, faz parte desse público. "O barulho não me incomoda. Fico perto de tudo e meus filhos têm liberdade porque a rua é segura."
Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo, os únicos estabelecimentos permitidos são postos de gasolina desde que construídos com um quilômetro de distância entre um e outro e estacionamentos comerciais, justamente pela falta de vagas públicas. "É uma pena porque as casas da rua seriam bons pontos comerciais", diz Santa Rosa.
O lançamento da construtora Hugo Peretti na José de Alencar, o edifício residencial Monterosso, prevê soluções de parte desses problemas e valoriza o que a rua tem de melhor, sua proximidade com o centro e bairros tranqüilos. Além de ter estacionamento exclusivo para visitantes, o condomínio de duas torres com 30 apartamentos de 270 metros quadrados terá também janelas com vidro duplo. Para o diretor geral da empresa, Hugo Peretti Neto, o fato da rua ser movimentada é bom porque a torna mais segura também. As unidades do Monterosso estão à venda por R$ 1,8 mil o metro quadrado com plantão no local, no número 1.341.
O preço para a locação de apartamentos de 2 e 3 quartos na rua varia de R$ 2,90 a R$ 6,80 o metro quadrado. Para venda o preço fica entre R$ 1.200 e R$ 1.800 o metro quadrado.
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