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Ótima para residir, mas sem imóveis disponíveis. A Rua Padre Germano Mayer atravessa uma das regiões mais valorizadas de Curitiba: os bairros Cristo Rei, Alto da XV e Hugo Lange. Porém, com quase todas as residências já ocupadas, ela acaba sendo apenas um sonho de consumo para muitos pretendentes.

Na altura do Cristo Rei e Alto da XV, ciclovia para o passeio dos mais esportistas. No Hugo Lange, o charme das árvores em torno da via também é um convite à caminhada. Por toda a extensão, shopping center, lojas de rua, supermercado, panificadoras e diversos prestadores de serviço. As casas são de médio e alto padrão. O trânsito é organizado, apesar do alto fluxo de veículos. Pelas ruas transversais, é possível ter acesso rápido a outros bairros e ao centro da cidade – que fica a dois quilômetros dali. Segurança? "Não temos grandes problemas, apenas os riscos normais de cidade grande", diz a moradora Elaine Marion.

De acordo com Márcio Fabri, pesquisador do Instituto de Pesquisas e Estatística (Ipeq), essa combinação de fatores tem causado alta procura por imóveis localizados na região. O Ipeq, entre outros serviços, pesquisa o Índice de Velocidade de Vendas dos Imóveis (IVVI) – rapidez com que são vendidos –, em Curitiba. Embora não forneça os valores divididos por bairros, Fabri afirma: "quando surge uma oferta na Padre Germano, a velocidade na venda é muito alta. Ela corta três dos bairros mais fáceis de se vender imóveis".

Se para a venda é fácil, quem quer comprar esbarra em um grande empecilho. "Com todos os atrativos, quem é proprietário não quer se desfazer dos imóveis. Muitos deles optam por morar no local, o que dificulta até mesmo encontrar casas para a locação", afirma Gilberto Bianco, diretor da Bianco Imóveis. Segundo ele, o IVVI alto também tem reflexos na supervalorização dos preços. "O metro quadrado para venda de um imóvel antigo não sai por menos de R$ 1.100. Para um novo, o valor sobe para R$ 1.200", diz. De acordo com dados da Bianco, os valores são semelhantes aos de ruas tradicionais e procuradas do centro, como a Marechal Deodoro.

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