Telhado com telhas asfálticas ou shingle, da LP Brasil, garantem a estanqueidade total da cobertura. Preço: R$ 23 o metro quadrado| Foto:

Eficácia das telhas

Fora a escolha de modelos e materiais de acordo com cada construção, alguns cuidados com as telhas são fundamentais para garantir eficácia em seu uso

- Impermeabilize os modelos de cerâmica e de concreto antes da instalação. Isso impede que as telhas absorvam a umidade e a transfiram para as construções e ainda diminui o peso das telhas durante períodos chuvosos.

- Não retire as telhas depois de instaladas. Faça isso apenas em casos de manutenção, quando estiverem quebradas, por exemplo.

- Realize manutenções periódicas no telhado com empresas e profissionais especializados para verificar o estado das telhas e o encaixe entre elas. Quando não estão encaixadas corretamente a vedação fica comprometida, permitindo que a água passe para dentro das construções.

- Verifique o modelo da telha de acordo com a inclinação da cobertura e a estrutura da construção, pois cada modelo exige uma inclinação diferente. As telhas mais planas, por exemplo, precisam de inclinação maior para sua instalação.

- Fique atento ao madeiramento que irá acomodar as telhas. O espaçamento varia de acordo com o telhado.

- Impermeabilize a madeira se possível. Ela não deve sofrer infiltrações.

- Observe as especificações sobre inclinação da cobertura e disposição das madeiras para cada tipo de telha, informações disponíveis na tabela dos fabricantes.

- Faça o projeto de seu telhado com profissionais credenciados pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR)

Fonte: Sérvio Valliatti, arquiteto.

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Telhas de fibra vegetal em vários tons, da Onduline. À venda na Leroy Merlin por R$ 29,90 (2 metros x 95 centímetros) e R$ 37,90 (2 metros x 105 centímetros)
Telhas de fibrocimento modelo Vogatex, da Eternit. À venda na Bigolin por R$ 4,25 a unidade com 4 milímetros de espessura
Telhas de fibra de vidro, da Atco, à venda na Bigolin. Preço: R$ 14,08 a unidade
Modelo de fibrocimento da Eternit. À venda na Bigolin por R$ 14,37 a unidade
Telhas de vidro Ibravir, nos estilos portuguesa, romana e francesa. R$ 24,90 a unidade na Leroy Merlin
Telha de cerâmica esmaltada Premier da Cejatel. Preço no Shopping das Telhas: R$ 2.200 o milheiro
Modelo de plástico leitoso da Atco. À venda na Bigolin por R$ 61,10 a unidade
Telha de cerâmica esmaltada da linha Perkus classic, da Casagrande. À venda na Bigolin por R$ 2.800 o milheiro
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Coloridas, esmaltadas, de vi­­­dro, de plástico e até mesmo de fibra vegetal. Esses são alguns modelos de telhas oferecidos. Na hora da compra, no entanto, o consumidor deve estar atento às especificações de cada produto para garantir mais eficácia na cobertura de sua casa. As principais funções das telhas são vedar as construções, protegê-las de intempéries e promover o conforto térmico, diminuindo a troca de temperatura entre o ambiente interno e o externo à residência."O tipo de telha e a inclinação do telhado dependem do local da edificação. Nos locais de muita neve, o telhado deve ser bem inclinado para que o gelo não fique preso, pesando nas estruturas, e as telhas devem ser espessas e resistentes. Lugares muito quentes pedem um telhado com pouca inclinação, diminuindo assim as superfícies expostas e evitando a absorção deste calor", orienta o arquiteto Sergio Valliatti, da Valliatti & Tomasi Patrão Arquitetura.Também é preciso ficar atento ao material das telhas. Elas devem ser resistentes a granizos, salinidade e fissuras, ter pouca absorção de água e encaixe perfeito. Desta forma, os riscos de infiltrações, quebras dos produtos no momento de manutenção e condutividade térmica para os ambientes internos da residência são menores. As telhas de barro e de cerâmica são as mais comuns e estão entre as mais vendidas. Esses modelos são muito resistentes. "As cerâmicas são as mais leves, indicadas para lugares com pouco vento. Seu custo é me­­nor e o formato ‘orgânico’ é mais agra­­dável para construções ‘rústicas’", afirma Valliatti. Entre os mo­­delos de cerâmica, as telhas esmaltadas são as que melhor resistem à umidade e ao frio intenso e evitam a formação de bolor no alto das casas, que deixam o telhado com um as­­pecto sujo. Para modelos sem a proteção do esmalte, a solução é o uso de impermeabilizantes específicos.As telhas esmaltadas da linha Perkus, da Casagrande, são novidades no mercado. De acordo com o fabricante, o índice de absorção de água é menor que 6%, a alta impermeabilidade evita sobrecarga na estrutura e os encaixes são perfeitos. A linha tem mais de dez tonalidades.

As telhas Premier, da Cejatel, também têm as mesmas vantagens, e, de acordo com o proprietário do Shopping das Telhas, Deivid Martins, estão dominando o mercado. "São bem mais resistentes que as tradicionais e têm melhor durabilidade.Enquanto são necessárias cerca de 18 telhas de barro comuns por metro quadrado, as Premier usam apenas 9,3 telhas por metro quadrado, o que é bem mais em conta", explica. Martins lembra também que enquanto uma telha de barro resiste a 150 quilos, a de cerâmica aguenta até 650 quilos.

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Concreto

As telhas feitas de concreto são mais pesadas, exigem estrutura reforçada para acomodá-las, mas possuem melhor encaixe. "Na minha concepção é o melhor custo-benefício por causa das opções de formato e cor e o bom encaixe, que garantem segurança. São mais duráveis e possuem apelo estético mais moderno por serem mais planas e retas", avalia Valliatti.

Outros materiais

Com visual mais "limpo" e moderno, as telhas asfálticas, também conhecidas como shingle, garantem estanqueidade total da cobertura e impedem a passagem de água. Esse modelo é versátil, pode ser utilizado em projetos variados, e a resistência é o ponto forte do produto. De acordo com o LP Brasil, essa telha tem resistência a ventos de até 100 km/hora e seu peso é menor que o dos outros tipos de telha. O investimento um pouco maior que a média dos produtos é compensado pela baixa necessidade de manutenção e estrutura reduzida para acomodação.

Iluminação natural

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O vidro é a opção para quem deseja tra­­­­­­zer mais claridade a ambientes es­­­­­curos. A indicação dos profissionais é fazer uma composição com te­­­­­­­­­­­­­­lhas tradicionais e as de vidro. Ge­­­­ral­­­mente, elas são utilizadas em es­­­­pa­­­­­­ços de 0,5 ou 1 metro entre as de­­­mais.

Para o mesmo propósito existem ainda modelos de fibra de vidro e polipropileno (um tipo de plástico), que desempenham a mesma função e são mais resistentes à ação do tempo. Possuem um custo um pouco acima das demais, mas têm vida útil mais longa.

Fibrocimento

Para construções com estruturas mais leves e com necessidade de rápida cobertura, o gerente da Bigo­­­lin, Valdori Ângelo Scha­­­framski, indica as telhas de fibrocimento. É um material mais leve, mas que favorece a troca de temperatura entre os ambientes, fator que pode ser corrigido com o uso de isolante térmico nas coberturas – uma manta geralmente espelhada dos dois lados, como um papel alumínio, encontrada nas lojas de construção e instalada entre a estrutura e o forro da casa.

Ecologicamente correta

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Uma alternativa que não agride o meio ambiente é a telha de fibra vegetal (feita de materiais reaproveitados como o eucalipto e o papel), que tem a mesma atuação que outros tipos de telha, mas não exige uma es­­­trutura reforçada para sua acomodação. Esse modelo é composto por uma camada de fibra ve­­­­getal impregnada de betume com diversas opções de cores. A telha é coberta por uma resina que a protege dos raios UV e impede o desgaste da superfície.

Serviço:

Bigolin Construção & Decoração: Av. Silva Jardim, 39, Rebouças. Fone: (41) 3320-7000.

Leroy Merlin: Avenida Presidente Wenceslau Braz, 88, Parolin. Fone: (41) 3111-2000.

Shopping das Telhas: Av. Isaac Guelmann, 4.289, Novo Mundo. Fone: (41) 3268-2800.

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