
As frentes históricas de dois shoppings da cidade estão de cara nova. O Shopping Estação está finalizando a revitalização da fachada principal, da Avenida Sete de Setembro, da qual faz parte a antiga estação ferroviária de Curitiba. "Ela foi toda repintada e teve partes do concreto e do forro da varanda recuperados. A pintura das portas e paredes, aliás, é antipichação, principal problema responsável pela deterioração da fachada nos últimos anos", explica o superintendente do Shopping Estação, Geraldo Greimel. A previsão é que nos próximos 15 ou 20 dias a fachada, que está aberta, sem os tapumes, esteja totalmente finalizada. O custo desse trabalho de manutenção, que também incluiu mais pontos para a iluminação noturna, foi de R$ 150 mil.
O prédio, que serviu de estação ferroviária até 13 de novembro de 1972, abriga hoje o Museu Ferroviário de Curitiba e conta com uma exposição permanente com mais de 600 peças que resgatam a memória ferroviária, além de manter intacta partes da arquitetura e do mobiliário locais. Construído no fim do século 19, seguindo o estilo eclético (mistura de várias referências), em voga na época, o prédio ainda possui seu relógio principal preservado.
Ampla reforma
Enquanto no Estação a revitalização foi uma manutenção, no Shopping Curitiba a recuperação da histórica fachada da Rua Brigadeiro Franco teve de acompanhar os traços retos e contemporâneos da nova cara do lugar, após uma reforma que durou dois anos e terminou neste ano.
O projeto de reforma foi do arquiteto Ricardo Amaral, mas a revitalização da fachada foi do escritório Gad Design, de Porto Alegre, e o projeto luminotécnico do light designer e professor na área de iluminação da Universidade de São Paulo, Antonio Carlos Mingrone é dele também a iluminação da Casa Andrade Muricy.
A fachada histórica manteve o brasão do antigo Comando da 5ª Região Militar do Exército Brasileiro e recuperou suas cores originais, com contraste entre tons claros e escuros que evidenciam a arquitetura. "Reproduzir as cores fielmente (sem distorções) era uma das nossas tarefas. Para isso selecionamos lâmpadas que pudessem fazer esse trabalho, mas que fossem de tonalidade mais quente (amarelada), que remetessem à iluminação do passado. Junto a essas características valorizamos os traços arquitetônicos do prédio e procuramos fazer tudo dentro dos conceitos de sustentabilidade, com lâmpadas de longa vida útil e baixo consumo de energia, de apenas 70W de potência", conta Mingrone.
No interior do antigo quartel, construído em 1886 e mantido hoje como Unidade de Interesse de Preservação pela Prefeitura de Curitiba, o átrio (pátio interno) transformou-se no Largo Curitiba, espaço de cultura e gastronomia que tem a intenção de estimular a convivência social (e a permanência dos visitantes) dentro do shopping.
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