Coadjuvante em muitos projetos residenciais que contemplam escadas, sacada ou mezanino, o guarda-corpo ou parapeito é muito mais do que um simples equipamento decorativo. Ao criar uma barreira física entre pavimentos de diferentes alturas, ele assume um papel fundamental na prevenção de quedas e acidentes, garantindo a segurança dos moradores.
Uso de cercas elétricas segue normas municipais
Desde setembro de 2014, um decreto municipal estipula novas regras para a instalação das cercas elétricas em Curitiba, que precisa ser autorizada pela prefeitura.
Com a norma, diversas especificações técnicas relacionadas ao aterramento, bitolas e voltagem das cercas deixaram de ser previstas na legislação e ficaram a cargo do profissional ou da empresa instaladora que assina o projeto. “O engenheiro eletricista tem toda a competência para determinar as especificações de acordo com o que prevê o decreto e as necessidades de cada residência, prevenindo a ocorrência de acidentes que podem ser fatais”, explica Cezar Benoliel, engenheiro e membro da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR).
O decreto especifica algumas regras como, por exemplo, a altura mínima de 2,4 metros para a instalação do primeiro fio em relação ao nível do solo, e o máximo de seis fios por cerca. Também é obrigatória a instalação de placas amarelas com a inscrição “cerca energizada” ou “cerca eletrificada” na cor preta a cada cinco metros, no máximo. Para a instalação em divisórias com terreno alheio, é preciso a autorização do proprietário vizinho. A responsabilidade sobre a cerca é daquele em cujo lote o equipamento for instalado.
“Os acidentes em residências compreendem uma gama de situações. A segurança precisa ser desenvolvida como cultura e estar presente no comportamento de cada um”, ressalta Benoliel.
Diferente do que ocorre nos projetos comerciais, no entanto, não há obrigação para a instalação do equipamento nas residências, lembra Cezar Benoliel, engenheiro e membro da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR). “Nas residências não há fiscalização sobre a instalação do guarda-corpo. Vale o bom senso, a ética e a consciência do profissional que desenvolve o projeto e deve instalá-lo de forma adequada”, acrescenta a arquiteta Daniela Barranco Omairi.
Neste caso, o parâmetro seguido pelos profissionais é a normativa NBR 14718 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regulamenta o uso do equipamento tanto para as edificações residenciais quanto comerciais. Pela norma, o guarda-corpo deve ter altura mínima de 1,1 metro entre o piso acabado e a parte superior do peitoril. Se a peça for constituída por perfis do tipo gradil, a distância entre eles e também a referente ao piso não deve ser superior a 11 centímetros. Outra determinação é que o equipamento não apresente ornamentos ou travessas que possam ser utilizados como degraus.
“O guarda-corpo deve ser instalado de modo a respeitar as cargas e impactos exigidos pela norma. Por isso, recomenda-se sempre procurar uma empresa especializada no produto, que atenda as normas e respeite as exigências de segurança”, lembra Régis Penha, sócio-proprietário da Forma & Função, especializada em corrimão e guarda-corpo.
Corrimão
Assim como o guarda-corpo, o corrimão também previne a ocorrência de quedas por pessoas com alguma dificuldade de locomoção e garante o conforto de quem transita pela casa.
Sua instalação é orientada pela norma da ABNT que trata da acessibilidade das edificações. O texto estipualtura de 92 centímetros para a colocação da barra em relação ao nível do piso ou do degrau e um afastamento mínimo de quatro centímetros da parede em que for fixada.
Materiais
A escolha do design e acabamento das peças não deve superar a funcionalidade e a segurança dos equipamentos, mas pode ajudar a compor uma linguagem harmônica deles com o restante da obra. O aço inox e o vidro ou a combinação dos dois materiais estão entre as preferências dos profissionais. “O melhor vidro é o temperado laminado que, se quebrar, fica preso à lâmina, evitando acidentes”, orienta Daniela.
O fator ambiental também deve ser levado em conta para a escolha dos materiais. Penha lembra que em regiões praianas, o uso de peças de ferro deve ser evitado. Elas podem sofrer a ação da maresia e ter a segurança comprometida.
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