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João, que mora no Life Space Sete de Setembro, é amigo de Maria, que trabalha no 7th Avenue Live & Work e conhece José, que tem um studio no HUB – Home Urban Business e trabalha para Joaquim, que vive no Soul Batel Soho e planeja comprar um apartamento no Le Parc Residence. No que depender das incorporadoras, em breve boa parte dos prédios da região central de Curitiba terá no­­mes em inglês e, em menor escala, em francês. Qual a razão, afinal, dessa preferência?

O diretor de incorporação da Invespark, Eduardo Quiza, diz não saber exatamente o que leva as empresas a optarem por nomes em inglês. "Talvez seja uma questão de sonoridade", pondera. Segundo ele, esses nomes muitas vezes são definidos pelos setores de marketing ou publicidade e não pelos construtores. No passado, conta, chegou a vetar nomes excessivamente "mirabolantes". Para ele, contudo, o nome do prédio não é um fator tão importante na hora da escolha. "As pessoas valorizam, principalmente, a localização."

O consultor da Brain, Fábio Ta­deu Araújo, diz que não há estudos sobre o assunto. Ele acredita que, em alguns casos, o uso de nomes em inglês ajuda a traduzir o conceito dos imóveis. Seria o caso, por exemplo, de "studio", versão contemporânea das antigas quitinetes (termo nascido do inglês "kitchenette"). "Em outros casos, talvez ainda seja uma herança dos anos 1980, quando o país criou um culto em relação a tudo o que vinha do exterior."

Segundo Araújo, alguns estudos recentes indicam um início de rejeição em relação aos termos estrangeiros – algo que poderia ser atribuído ao atual cenário econômico mundial e à valorização, nesse contexto, do Brasil. Em outras palavras: é possível que, em alguns anos, voltemos a ter edifícios com nomes como "Rio Purus" e "Ouro Preto".

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