Multifacetada, a arquitetura moderna trouxe novas idéias para o urbanismo e continua servindo de parâmetro para muitos profissionais. No Brasil, o movimento recebeu forte influência de Le Corbusier, arquiteto franco-suíço que é um dos ícones do modernismo mundial. Curitiba contou com a inspiração modernista em inúmeros edifícios, seja do poder público, seja de espaços culturais, comerciais ou residenciais. O Palácio Iguaçu (1951) e os prédios da Brasil Telecom (1966), da Paraná Previdência (1967), da Biblioteca Pública (1951) e do Museu Oscar Niemeyer (2002) são alguns dos muitos exemplos. Contudo, a cidade não se destaca apenas pelas obras marcantes que simbolizam a arquitetura moderna, mas também pelos talentos nativos que espalharam a marca do modernismo Brasil afora.
Um dos mais destacados foi o arquiteto João Batista Vilanova Artigas, nascido em 1915, em Curitiba. Embora tenha estudado e dedicado a maior parte do seu trabalho na cidade de São Paulo, ele deixou também obras de grande valor arquitetônico em Curitiba e no interior do Paraná, influenciando uma geração de arquitetos modernistas. "O Artigas foi o líder da escola paulista da arquitetura moderna e o inspirador de Paulo Mendes Rocha (vencedor este ano do Prêmio Pritzker, o mais importante do mundo em arquitetura). Trata-se de um curitibano que tornou-se referência em São Paulo", explica Salvador Gnoato.
Uma das obras de Artigas de maior relevo em Curitiba é a casa construída em 1952 e que hoje abriga a sede do Instituto G de Arquitetura. Além de levar o nome do seu projetista em homenagem, a casa ainda conserva as marcas do seu autor. "A Casa Vilanova Artigas, construída em linhas retas, com pilares, rampas e uma concepção espacial muito interessante, foi radical para sua época", enaltece Gnoato.
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