Na residência com 700 metros quadrados localizada em um condomínio próximo ao Parque Tingüi, o projeto de construção foi amparado no tripé criatividade, baixo custo e consumo responsável.
A engenheira civil Karin Brenner, que projetou a casa, diz que deu mais ênfase à parte técnica e funcional, mas não esqueceu do lado estético. Um exemplo é a farta iluminação natural que a residência possui graças aos "rasgos" de vidro na parte lateral e na abertura acima da escada.
A redução de custos com o consumo de água e energia elétrica foram uma conseqüência do conceito de responsabilidade ambiental implantado.
Karin conta que, por causa da instalação de placas solares, a conta de energia da família não passa de R$ 200 mensais. A de gás, em torno de R$ 120. A conta da água fica em R$ 70, já que a residência conta com um sistema de aproveitamento de água da chuva.
Um mito derrubado pelo projeto foi a instalação de placas solares para o aquecimento da água. "Há cerca de 20 anos, o investimento era alto. Hoje, o uso é maior e o retorno do valor pago pelas placas é conseguido rapidamente", explica Karin.
Com este sistema, a água aquecida é usada no banheiro da empregada, nas torneiras e no banheiro da família. Quando não há nem mesmo mormaço, aí entram como energia o gás e a elétrica. As quatro placas, explica Karin, foram instaladas no terraço. "Se o sol não aquece 100%, a família liga o apoio (gás ou energia elétrica)", completa.
Outro destaque do projeto é a captação da água da chuva. No nível da garagem foram colocadas três caixas com 5 mil litros cada uma. Para conseguir a captação, o terraço é inclinado e foi instalada uma tubulação que desce pela lateral e distribui a água. Ela passa por um filtro e é bombeada para o uso em vasos sanitários, algumas torneiras e irrigação das 140 árvores frutíferas dispostas no terreno de 3 mil metros quadrados. Além disso, todos os vasos sanitários possuem caixa acoplada, considerada mais econômica.