Desde seu início, ainda no bairro Água Verde, até sua última quadra, já no Guaíra, uma característica acompanha os mais de dois quilômetros de extensão da Rua Rio Grande do Sul: os condomínios residenciais de apartamentos, principalmente de padrões médio e popular. Ao percorrer as 17 quadras da via, a reportagem da Gazeta do Povo encontrou mais de uma dezena deles. Apesar disso resultar em uma via numerosa em imóveis, em praticamente nenhum desses condomínios existem opções disponíveis.
A escassez mostra que é grande a procura na região, como indica o corretor imobiliário Márcio Batista, da MB Imóveis, um dos que atuam no local. "Cada um desses condomínios tem, em média, 30 apartamentos. Em outros bairros isso significaria muitas opções para quem quer comprar ou locar", diz. "Na Rio Grande do Sul está tudo ocupado. O Água Verde e parte do Guaíra se tornaram bairros muito visados no setor imobiliário. Todo mundo quer morar por ali", comenta o profissional.
Entre os motivos da procura elevada, diz ele, estão infraestrutura e preços baixos no passado, mas que sofreram grande valorização nos últimos três anos. "Principalmente no Água Verde, o morador encontra tudo o que precisa. Os serviços não devem nada para o centro da cidade, Batel ou Bigorrilho. Antes, o interessado conseguia comprar um imóvel no bairro por metade do preço desses outros locais", diz. "Hoje o que surge por lá raramente sai por menos de R$ 2 mil o metro quadrado", afirma Batista.
Investimento
A valorização foi o que fez o pequeno construtor Gilmar Dávila apostar na via. Há cinco anos, ele comprou um terreno próximo ao final da Rio Grande do Sul. Em outubro do ano passado, ele decidiu construir no local dois sobrados, de aproximadamente 100 metros quadrados cada. "Acho que agora é o momento ideal para comercializar algo na via. Na época em que comprei ainda havia uma boa oferta na região", comenta.
Além da rápida negociação, o construtor espera ter um excelente lucro com a venda dos imóveis. "Se tivesse construído há cinco anos conseguiria vender cada unidade por cerca de R$ 150 mil (R$ 1,5 mil por metro quadrado). Agora estudo comercializá-los por algo em torno de R$ 250 mil (R$ 2,5 mil o metro quadrado)", diz. Os imóveis devem ficar prontos até maio deste ano.
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