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Escolher cor e temperatura proporcionadas pelas lâmpadas, dependendo do uso do ambiente, não é tarefa fácil. A lighting designer Patrícia Passos explica como optar pela luminosidade mais adequada para cada ocasião | Daniel Caron/ Gazeta do Povo
Escolher cor e temperatura proporcionadas pelas lâmpadas, dependendo do uso do ambiente, não é tarefa fácil. A lighting designer Patrícia Passos explica como optar pela luminosidade mais adequada para cada ocasião| Foto: Daniel Caron/ Gazeta do Povo

Vantagem

Como escolher a luminosidade certa

A iluminação correta é mais saudável, de acordo com o lighting designer Everton Luis Fiuka. "Você tem uma luz morna na sala, para ver televisão. Mas também vai querer ler, costurar, fazer tricô ou crochê. Você quer ficar concentrado, mas teu organismo vai relaxar, por causa da iluminação", afirma. Ele explica que o conforto visual é o fator mais vulnerável à luz. Com a luz inadequada, é possível ver que os olhos ficam cansados ou vermelhos, desfavorecendo a saúde visual, que pode até gerar tonturas e vertigens. "Além da luminosidade correta, é ideal ter uma iluminação gradativa entre os cômodos, para não sentir os efeitos bruscos das mudanças", completa.

Definição

Veja as características dos diferentes tipos de lâmpadas presentes no mercado

- Incandescentes – Lâmpadas mais antigas, de baixa eficiência (gastam muita energia para produzir muito calor e pouca luz). São usadas em residências e espaços comerciais para iluminação geral ou decorativa. Também estão presentes na iluminação interna de fogões e geladeiras. A luz é amarelada, aconchegante e emissora de calor.

- Fluorescentes – São as lâmpadas de luz branca ou fria, que são as mais conhecidas e mais indicadas para o uso comercial e residencial, pois têm alta eficiência e baixo consumo de energia. Elas podem substituir as lâmpadas incandescentes. Elas não emitem calor e podem ter diferentes tipos de cor (azulada, amarelada ou branca).

- Halógenas – São lâmpadas incandescente, mas que possuem o gás halogêneo (bromo ou iodo) em suas constituição. São consideradas de baixa eficiência, mas superiores à incandescentes comuns. Fazem parte desse grupo as dicroicas, PAR 16 e AR 111, que estão entre as mais conhecidas. Elas são usadas para destacar objetos ou uma determinada área, pois tem alto controle do feixe de luz. Alguns modelos estão disponíveis em cores. As halógenas também possuem luz amarelada e emitem calor, mas tem durabilidade maior que as demais incandescentes.

- Led – A sigla significa Lighting Emitted Diodes, que são as lâmpadas mais modernas. Elas convertem a energia elétrica diretamente em energia luminosa, por meio de pequenos chips. O consumo de energia é extremamente baixo e a vida do produto é longa. Devido a alta eficiência e ao baixo consumo, estão substituindo as fluorescentes no uso residencial. Elas não emitem calor e estão disponíveis em diversas cores.

Importante

Preste atenção na embalagem da lâmpada: ali há informações interessantes, como a cor predominante e gasto energético do produto. Além do custo da lâmpada, repare na temperatura que ela alcança e no tempo de vida útil, em horas, que ela deverá funcionar. Nas lâmpadas led e fluorescentes, deve estar clara a informação sobre a equivalência com as incandescentes.

  • As luzes passam a fazer parte da decoração na sala de estar

Entre as mais de duas mil in­­venções de Thomas Edison estava o mágico dispositivo que transforma a energia elétrica em energia luminosa e térmica. As lâmpadas incandescentes já iluminam ruas e casas mundo afora há mais de 130 anos, mas sua hegemonia está com os dias contados: até 2016, esse tipo de lâmpada deve sair do mercado, porque já possui substituto mais duradouro e econômico. E as novas opções de lâmpadas também são mais adequadas para os di­­versos tipos de finalidade do espaço que será ocupado.

Quem explica isso é a lighting designer – profissional que elabora projetos de iluminação – Pa­­trícia Passos. As lâmpadas ainda são consumidas porque há baixo custo para a produção. "A substituição desses produtos é fácil e o preço é menor. Mas foram as primeiras lâmpadas criadas, há espaço para ampliar a tecnologia nesses produtos", comenta.

Os novos tipos de lâmpadas, mais sofisticadas, estão preparadas para atender diversos tipos de ambientes e usos que serão feitos. Isso porque a temperatura de cor e a intensidade da luz, nas novas lâmpadas, são variados.

Para pensar um projeto de iluminação, é preciso observar, em primeiro lugar, se a luz será incômoda ou não. "Uma luminosidade inadequada, muito forte ou muito fraca para a finalidade do ambiente, vai torná-lo desagradável e pode até se transformar em um problema de saúde, por causa do esforço com os olhos", comenta Everton Luis Fiuka, lighting designer da Empalux.

De acordo com a lighting designer, a definição sobre a luz de cada ambiente deve estar de acordo com a ação que majoritariamente será exercida naquele cômodo. "A iluminação precisa gerar conforto visual e não ser desagradável: muito ou pouco intensa, que exija muito da visão", explica.

Patrícia conta que, ao escolher o tipo e posicionamento da lâmpada ou do conjunto de luzes, é preciso ter em mente o que será feito naquele ambiente e a luz necessária para isso. "Numa sala onde ficará a televisão ou será feito uso do computador, o ponto de luz tem de estar posicionado de uma forma que não gere ofuscamento ou reflexo para quem estará fazendo sua atividade", co­­menta a lighting designer.

Por isso, a regra para escolher as lâmpadas é o máximo conforto visual possível e não é preciso usar sempre o mesmo tipo de lâmpada para todos os ambientes. "A luz que ilumina o quarto ou a sala de televisão não será a mesma para iluminar a cozinha ou escritório", pontua. Existem muitos tipos de lâmpadas e cada família do produto tem características específicas: decorativas ou funcionais, a dica é conhecer o produto e adapta-lo àquilo que é necessário.

De acordo com a profissional, há tipos de lâmpadas mais comuns. As incandescentes, enquanto estiverem sendo vendidas, podem servir para iluminar locais menores, porque o alcance dos feixes de luz é menos específico. As lâmpadas esquentam mais que outras e fornecem uma luz amarelada. As lâmpadas fluorescentes ou de luz fria, jogam a luz para todos os lados, sendo capaz de iluminar mais o ambiente, mas com reprodução de cor mediana.

As lâmpadas de led, mais recentes no mercado, que prometem ser mais duráveis e baratas. "A tecnologia led que está disponível aqui no Brasil ainda é de pouca qualidade: iluminam, no máximo, de 30 a 40 centímetros e tem pouca resolução de cor", comenta Patrícia.

Como optar pelos diferentes tipos de lâmpadas?

A cor e temperatura das lâm­pa­das dependem da quantidade de kelvins que a luminosidade oferece. Entre 2700 a 4000 K, as lâmpadas são consideradas de luz morna, que é o tipo de luz que deixa as pessoas ativas e es­­pertas, de acordo com o lighting designer Everton Luis Fiuka. "A luz morna é indicada para am­­bientes onde é preciso ter reação rápida, como cozinhas e banheiros", diz.

Dos 4000 aos 5500 K, a luz é considerada neutra e as lâmpadas dessa família são indicadas para lugares de leitura ou am­­bien­­tes de estudo. Entre 5500 até 6500 K, as lâmpadas são consideradas mais potentes, dando falsa sensação de iluminar mais. Esses produtos são mais indicados pa­­ra escritórios, lojas e departa­­men­­­tos comerciais.

As luzes mais amareladas são indicadas para ambientes mais relaxantes, como a sala de estar, quartos e sala de televisão. De acordo com o lighting designer, o interessante é não misturar co­­res diferentes de luz. "Isso fica can­­­­sativo e desagradável, não valoriza o ambiente", diz.

Fiuka indica que é interessante projetar, para o mesmo am­­biente, a iluminação funcional e decorativa. "Você nem sempre vai precisar de todo o conjunto, mas tem a possibilidade de mesclar o uso dos dois sistemas, de­­pendendo do uso. Em uma sala, para receber amigos ou ver um filme, é possível usar a iluminação decorativa. Quando as crianças estiverem brincando ali, é possível usar a funcional", diz. O investimento é mais alto, mas com­­pensa pela variedade dos usos.

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