"Acho que em qualquer época eu teria amado a liberdade; mas na época em que vivemos, sinto-me propenso a idolatrá-la"
(Tocqueville)

Cresce o autoritarismo e a agressividade dos grupos antibolsonaro

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facada

A principal marca dos grupos radicais antibolsonaro tem sido a intensa agressividade (inclusive em vários setores da imprensa) e o autoritarismo cumulado com a histérica alegação de que estariam defendendo algum valor, como a democracia, ao mesmo tempo em que na verdade os vilipendiam.

Esse movimento já era sentido antes das eleições quando houve inúmeras tentativas de agressão física ao então deputado, enquanto viajava pelo país. A crescente autoritária do antibolsonarismo durante a campanha levou à produção de notícias fake do nível mais baixo que se pode conceber, como uma pessoa que se automultilou com uma suástica para tentar incriminar os apoiadores do então candidato. Outras pessoas também fizeram pichações de suásticas ou agrediram pessoas, alegando posteriormente que haviam sido eleitores de Bolsonaro. Tudo na tentativa de demonizar pessoas e grupos, evitando precisar debater ideias ou fatos.

A escalada da irracionalidade política teve seu apogeu com a facada desferida contra o presidenciável por um ex-militante do PSOL.

Mas, infelizmente, não parou por ali.

Com a vitória histórica de Bolsonaro, gastando muito menos do que os adversários e sem contar com caciques partidários, provocou primeiro histeria e depois ódio. Com isso, os grupos antibolsonaro, inclusive aqueles que à época situavam-se no chamado “centro”, começaram a cair em um quadro de psicose política, manifesta pela obsessão em prejudicar o país e tentar desestabilizar o governo.

É necessário salientar a imoralidade que isso importa, tendo em que vista que o Brasil ainda se levanta da pior crise econômica de sua história (crise causada com a conivência de muitos dos que agora tentam atacar o Governo a todo tempo), com muitas pessoas prejudicadas em sua renda e capacidade de arranjar emprego, o que faz com que o país necessite de muitas reformas, todas elas atrapalhadas pelas pseudocrises criadas diuturnamente pelos derrotados nas urnas. Claro que o governo não é perfeito, mas nada que guarde proporção com a violência, intensidade e frequência dos ataques que sofre. Especialmente se levarmos em conta os vícios muito mais graves de gestões anteriores, em relação aos quais a reação era quase nula.

Frise-se, ainda, que o fenômeno de boicote ao país não é totalmente inédito. Ele se arrasta desde o impeachment do governo do PT, em razão do forte aparelhamento de redações na imprensa e setores aparelhados das universidades. O que mudou com Bolsonaro foi a intensidade e a radicalização que tem levado também setores historicamente mais ao centro a apresentar comportamentos tão violentos como o de qualquer extremista.

Dou dois exemplos.

Primeiro, um grupo de extrema-esquerda convocou atos de comemoração da facada em Bolsonaro. É isso mesmo, você não leu errado. Há pessoas suficientemente psicopatas para comemorar uma coisa dessas. Algo moralmente tão repugnante que qualquer nível de conivência ou adesão manifesta a mais patente crueldade pessoal.

Isso jamais pode ser tolerado mesmo contra o maior opositor, não importa qual sua posição política. Acima de qualquer divisão ideológica tem de estar o respeito pelo ser humano.

Lembrando que, para além dos danos pessoais que a facada causou em Bolsonaro, o episódio quase deixou órfã a filha do Presidente ainda em tenra idade.

O evento, no entanto, chegou a ficar nos Trend Topics do Twitter.

Qualquer cobertura sobre tal “evento” teria que necessariamente focar na desumanidade do tema. Mas, pelo contrário, vários veículos de comunicação (verdadeiras milícias midiáticas) abordaram a questão buscando vitimizar os organizadores, visto que a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a suspeita de apologia ao crime, em razão de alguns materiais de divulgação mostrarem imagens de Bolsonaro esfaqueado ou empalado.

Alguns jornalistas chegaram a fazer postagens quase comemorando o “evento”.

É um sinal claro de que a radicalização antibolsonaro tem ido muito além da obsessão política e corrompido moralmente as pessoas.

Depois de algo tão repugnante, a jornalista passou a fazer postagens se vitimizando pelas respostas recebidas, supostamente, de apoiadores de Bolsonaro.

Um segundo exemplo desta semana. Várias pessoas convocaram atos em apoio ao Presidente para o dia 15 de março. Os direitos de reunião e manifestação política são direitos sagrados, esculpidos em tratados de direitos humanos e em nossa Constituição, conforme seu art. 5º: “XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público”. A Declaração Universal de Direitos Humanos, o Pacto de São José da Costa Rica e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos tutelam essa prerrogativa da cidadania. A associação MP Pró-Sociedade fez um manifesto sobre essa proteção jurídica.

Isso quer dizer que organizar, promover, financiar ou participar de manifestações políticas é algo imune a qualquer espécie de censura legal.

Eis, no entanto, que grupos que sentem nítido descontentamento quando o povo deixa de ser um simples elemento passivo e passa a se organizar para pacificamente influenciar permanentemente a política passaram a semana tentando criar narrativas para criminalizar ou deslegitimar a manifestação popular.

A narrativa criada foi a de que a manifestação seria contra o Congresso. Na verdade, a manifestação é contra atos que os manifestantes julgam ser equívocos do Congresso. A ideia é melhorar o Congresso. Mas para os setores autoritários o único “direito” do povo é pagar tributos e obedecer calado.

É curioso, pois associações que atacaram pesadamente o Legislativo durante os últimos anos, como a ANAMATRA durante a reforma que modernizou a legislação trabalhista, colocaram-se hipocritamente como revoltadas contra qualquer crítica ao Parlamento.

Um ministro ativista do STF, nomeado por um presidente que sequer eleito foi, mesmo sem saber exatamente o que se passara, de modo completamente irresponsável, indigno do cargo que ocupa, passou a desferir desproporcionais ofensas ao presidente, atacando a instituição presidencial e os milhões de eleitores e apoiadores de Bolsonaro.

Houve matérias que divulgaram como se fosse algum “furo” o fato de que um empresário informou que financiaria a manifestação num grupo de WhatsApp em que estava um secretário do Ministério da Economia. O viés da informação é fazer parecer que isso seria algo criminoso. Mais ou menos como se um secretário estivesse num grupo em que se debate o pagamento de propinas. É toda uma tentativa de criar uma esfera de deslegitimação das manifestações populares. Isso já aconteceu em 2019 quando, no mês de maio, uma manifestação multitudinária ocorreu e os mesmo grupos autoritários tentavam criar a narrativa de que se tratara de ato contra as instituições, até que uma pesquisa de opinião mostrou que a imensa maioria dos participantes foram para apoiar as reformas do governo.

Por trás de tudo isso há um inescondível despeito em virtude dos acertos e virtudes do governo e uma patente tentativa de boicotar o país, prejudicando as pessoas mais pobres, para depois tentar explorar politicamente estados de insatisfação da população. Nada disso atemoriza as elites antibolsonaro, pois os grupos que promovem essas campanhas não são alcançados por crises econômicas.

Se no início a vitória de Bolsonaro causara uma psicose política, agora ela se agravou e começa a se transformar numa corrupção moral.

Será responsabilidade dos grupos conservadores e liberais, e democratas de modo geral, combater essa semente do autoritarismo e da intolerância, protegendo as liberdades, a democracia e os direitos humanos no Brasil.

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