"Acho que em qualquer época eu teria amado a liberdade; mas na época em que vivemos, sinto-me propenso a idolatrá-la"
(Tocqueville)

Conheça os fatos que vão reeleger Donald Trump

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Foto - AFP
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Há alguns dias, fizemos um texto apontando fatos mencionados por Donald Trump em seu discurso no State of the Union e que possuem apelo suficiente para torná-lo o favorito a mais quatro anos como presidente dos Estados Unidos. Naquele primeiro texto nos fixamos basicamente nos dados extremamente positivos sobre desempregopobreza, particularmente de minorias vulneráveis no contexto americano, como negros, latinos e orientais.

Agora queremos nos deter em outros pontos:

i) o incremento da renda média, especialmente para os grupos mais pobres;

ii) aumento na produção de petróleo;

iii) volta dos números positivos sobre abertura de fábricas; e,

iv) suas críticas contra o socialismo e o terrorismo, bem como sua defesa da liberdade.

No tocante ao aumento da renda, Trump ressaltou que ela não só aumentou, como aumentou mais rapidamente para a parcela mais pobre da população:

Desde a minha eleição, o patrimônio da metade mais pobre dos assalariados aumentou 47% – três vezes mais rápido que o aumento dos 1% mais ricos. Após décadas de renda estagnada ou mesmo decrescente, os salários estão subindo rapidamente. E o que é mais extraordinário: estão subindo mais rapidamente para os trabalhadores de baixa renda, que viram um aumento salarial de 16% desde a minha vitória eleitoral. Este é um verdadeiro boom econômico para os trabalhadores comuns. A renda média real das famílias está agora no nível mais alto já registrado.

Esse fato absolutamente excepcional para uma economia humanista foi checado pela agência de notícias Daily Signal, sendo confirmado como verdadeiro. Com efeito, os rendimentos dos trabalhadores com baixos salários aumentaram mais rapidamente do que os rendimentos dos trabalhadores com altos salários, revertendo uma tendência negativa que já vinha de longo prazo na economia americana. Isso pode ser conferido nos dados do Federal Reserve Bank de Atlanta.

Sobre esse ponto, o jornal americano Wall Street Journal publicou em dezembro:

O valor pago aos trabalhadores com os 25% menores salários aumentou 4,5% em novembro em relação ao ano anterior, segundo o Federal Reserve Bank de Atlanta. Os salários dos 25% mais bem pagos aumentaram 2,9%. Da mesma forma, o Fed de Atlanta descobriu que os salários dos trabalhadores pouco qualificados aceleraram desde o início de 2018 e, no mês passado, acompanhou o ritmo dos trabalhadores de alta qualificação pela primeira vez desde 2010.

 Quanto à produção americana de petróleo, afirmou Trump:

Graças à nossa ousada campanha para reduzir a regulamentação estatal sobre o setor, os Estados Unidos se tornaram o principal produtor de petróleo e gás natural em todo o mundo, e com larga vantagem. Com o tremendo progresso que fizemos nos últimos três anos, os Estados Unidos agora são independentes em termos energéticos e o uso de energia, assim como de muitos outros elementos de nosso país, estão em um nível recorde. Estamos fazendo números que ninguém pensaria ser possível apenas três anos atrás.

A afirmação também foi validada pela checagem da agência Daily Signal. De fato, desde o início de seu mandato, o governo Trump tomou medidas para desregular a indústria do petróleo, o que somado e à inovação tecnológica tem levado a um boom desse setor industrial americano.

De acordo com matéria do jornal Wall Street Journal, no final de 2018, os EUA se tornaram um país com saldo positivo de exportações de petróleo pela primeira vez em décadas:

Os EUA exportaram 3,2 milhões de barris de petróleo por dia durante a semana que terminou em 30 de novembro, juntamente com cerca de 5,8 milhões de barris por dia de gasolina, diesel, combustível de aviação e outros produtos. Essas exportações excederam as importações combinadas de 8,8 milhões de barris por dia na semana, tornando o país com um saldo positivo no balanço do comércio internacional no setor, segundo o EIA (Energy Information Administration). Esta é a primeira vez que os EUA são exportadores líquidos desde pelo menos 1973, segundo os dados federais.

Mais do que isso, os EUA também se tornaram o maior produtor de petróleo do mundo em 2018, de acordo com a Energy Information Administration, como resultado de um rápido aumento na produção iniciado em 2011.

Em agosto, o EIA informou: “Os Estados Unidos superaram a Rússia em 2011 para se tornar o maior produtor do mundo de gás natural e superaram a Arábia Saudita em 2018 para se tornar o maior produtor de petróleo do planeta“.

Ainda, em junho de 2019, os Estados Unidos superaram, por pequena margem, a Arábia Saudita em termos de exportação de petróleo, sagrando-se como país número 1 do mundo.

No que se refere à reação do setor industrial americano, afirmou o republicano em seu discurso:

(…) estamos restaurando a indústria de nossa nação contra todas as previsões que, como todos sabem, diziam que isso nunca poderia ser feito. Depois de perder 60.000 fábricas nas duas administrações anteriores, os Estados Unidos ganharam 12.000 novas fábricas sob minha administração, com milhares e milhares de fábricas e fábricas sendo planejadas ou construídas. As empresas não estão mais indo embora; pelo contrário, elas estão voltando para a América. O fato é que todo mundo quer estar onde as coisas estão acontecendo, e os Estados Unidos da América são hoje esse lugar.

Essa afirmação também foi validada pela checagem do Daily Signal.

De acordo com o Poynter Institute’s PolitiFact, em 2017, “os Estados Unidos havia perdido mais de 60,000 fábricas desde 2001.”

Por outro lado, conforme os dados mais recentes do Bureau of Labor Statistics, relativos ao segundo trimestre de 2019, havia então 356.046 estabelecimentos industriais instalados nos Estados Unidos. Por outro lado, no início de 2017, quando Trump assumiu a presidência, havia 343.972, ou seja, 12.074 a menos.

Por fim, Trump ainda condenou o socialismo e o terrorismo e defendeu a liberdade dos povos. Segundo matéria da Gazeta do Povo, sobre o terrorismo “o presidente alegou que o califado do Estado Islâmico foi 100% derrotado e lembrou da morte do líder da organização terrorista, Abu Bakr al-Baghdadi, após operação coordenada por forças americanas. Trump comemorou também a operação que matou o general iraniano Qasem Suleimani no início do ano.”

Acerca do socialismo, diz a reportagem:

Outro momento de aplausos dos dois partidos aconteceu quando Trump apresentou Juan Guaidó como o presidente legítimo da Venezuela. “Os EUA lideram uma coalizão diplomática de 59 nações contra o ditador socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, que é um governante ilegítimo, um tirano que brutaliza o seu povo. Mas o domínio da tirania de Maduro será quebrado”, afirmou.

“Nesta noite, há um homem muito corajoso que leva consigo as esperanças e sonhos de todos os venezuelanos, o verdadeiro e legítimo presidente da Venezuela, Juan Guaidó”, completou Trump sobre o líder da oposição ao chavismo, que há mais de um ano lidera uma campanha para derrubar o regime de Maduro e restaurar a democracia na Venezuela, até o momento sem sucesso.

Como podemos observar, Trump chega para corrida eleitoral deste ano com todas as credenciais para novamente se sagrar vencedor.

 

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