"Acho que em qualquer época eu teria amado a liberdade; mas na época em que vivemos, sinto-me propenso a idolatrá-la"
(Tocqueville)
Pesquisa mostra que porte de armas para guardas municipais contribui para redução de homicídios
Conforme pesquisa divulgada no Encontro Nacional de Econometria de dezembro de 2018, de autoria dos pesquisadores da FGV Paulo Arvate e André Portela, municípios que concederam porte de armas para guardas municipais após 2003 obtiveram melhores resultados na redução de homicídios. A redução é maior nas cidades que antes registravam os piores índices de violência.
A pesquisa comparou as taxas de homicídios em cidades semelhantes (levando em conta dados como: número de habitantes, PIB per capita, percentual de jovens e transferências federais), cotejando aquelas que autorizaram o porte de armas para guardas municipais a partir de 2003 e aquelas que optaram por não o fazer. O estudo também leva em conta a atividade da Polícia Militar e Civil, a fim de isolar os efeitos da variação no policiamento.
O resultado demonstra que as cidades com guardas municipais armados alcançaram uma maior redução no número de assassinatos: entre 2002 e 2012, a média na redução nacional foi de 67 homicídios a cada 100 mil habitantes.
O efeito é maior nas cidades com maiores índices de violência: nos municípios entre os 25% mais violentos, houve uma redução de 44% no número de homicídios, caindo de 71,68 para 40,15 homicídios a cada 100 mil habitantes. No Estado de São Paulo a queda foi ainda mais acentuada, alcançando a marca de 63% de redução.
A pesquisa ainda demonstra que não houve transferência da violência dos municípios que concederam porte de armas a seus guardas municipais para as cidades vizinhas.
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