"Acho que em qualquer época eu teria amado a liberdade; mas na época em que vivemos, sinto-me propenso a idolatrá-la"
(Tocqueville)

Sérgio Moro nomeia militante de esquerda para Conselho de Política Criminal e Penitenciária

Imprimir Artigo

No dia de sua posse, Bolsonaro afirmou que o Brasil começava a se libertar do socialismo e rompia com ideologias que vitimizavam autores de crimes e criminalizavam a polícia.

Pois bem, nessa terça-feira, dia 26 de fevereiro de 2019, o Brasil deu um passo atrás no cumprimento dessa promessa.

De fato, Portaria 173/19 do Ministério da Justiça trouxe a nomeação dos novos membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Conforme o art. 63 da Lei de Execuções Penais, o Conselho possui ao todo 13 membros, com mandatos de 2 (dois) anos, havendo a renovação de 1/3 do colegiado a cada ano.

Neste ano foram nomeados quatro membros titulares: Rodrigo Sánchez Rios; Walter Nunes da Silva Junior; Paulo Eduardo de Almeida Sorci; e Danilo Pereira Junior). E cinco suplentes: Gilmar Bortolotto; Pery Francisco Assis Shikida; Wilson Salles Damázio; Aléssio Aldenucci Junior; e Ilona Szabó de Carvalho.

De todos, o último nome foi o que mais chamou a atenção, pelo absoluto descolamento em relação às pautas defendidas pela população e que levaram à eleição de Jair Bolsonaro.

Com efeito, segundo post publicado no blog de Bruno Garschagen, sobre instituições financiadas por George Soros: “outro destaque é a também comentarista da Globonews (e voz cada vez mais conhecida na defesa da legalização das drogas) Ilona Szabó de Carvalho, diretora-executiva e coordenadora do Programa de Políticas sobre Drogas do Instituto Igarapé. Também financiado pela Open Society, o Igarapé recebeu mais de R$ 670 mil entre 2014 e 2015.”

Para saber mais sobre George Soros, o bilionário que financia grupos de extrema-esquerda ao redor do mundo, leia aqui.

Ilona Szabó de Carvalho é: favorável à liberação das drogas; contra o direito do cidadão de possuir armas; e afirma que no Brasil existe “encarceramento em massa” – num país que pune menos de um a cada 20 homicídios, um a cada 60 roubos, e um a cada 100 estupros -, suposto “encarceramento em massa” que segundo ela não é a solução.

Em 24 de outubro de 2018, Ilona Szabó escreveu um artigo surreal para a Folha de São Paulo intitulado “Feliz 2023”, em que faz um relato ficcional de como seria 2023 após o fim do governo Bolsonaro. O artigo é um perfeito rol de histerias que não perde para o mais aloprado membro de um DCE.

Lá ela relata como foram duros os anos, em virtude da “polarização”, como se não fosse a esquerda quem promoveu a divisão da sociedade durante os últimos anos. Como se todas as eleições em que o PT chegou ao segundo turno não tivessem sido polarizadas, e mesmo a disputa sobre o impeachment com uma figura apagada como Michel Temer não tivesse tido esse perfil.

Ela também reclama das notícias falsas, mas não percebi que reclamasse do mito de que a “Previdência não tem déficit” ou da suástica autoinfligida durante as eleições usada pelo candidato petista em suas redes sociais.

O texto ainda diz que nos anos do governo Bolsonaro teria havido perdas em educação e segurança: ora, durante os governos de extrema-esquerda o Brasil se tornou o 9º país mais violento do planeta; e nossos alunos apresentaram os piores resultados nos exames internacionais.

Ela também critica a “suposta licença para matar da polícia” (uma fake news, porque nunca foi isso que se propôs quando se fala em excludente de ilicitude para atuação de policiais em combate, sendo que logo antes ela havia reclamado que Bolsonaro se utilizava de notícias falsas).

Logo após passa a explorar todos os mitos sobres armas: de que a liberação do porte teria sido um desastre com pessoas se matando na rua e criminosos roubando armamento lícito do cidadão. Outra fake news. Para saber mais sobre o tema: leia aqui.

Ela ainda fala da violência contra mulheres. Mas veja o gráfico de violência contra as mulheres entre 2003 (ano em que o PT ocupa o Poder Executivo Federal) e 2013:

Nenhuma descrição de foto disponível.
Disponível no seguinte site: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/11/09/entre-2003-e-2013-taxa-de-homicidios-de-mulheres-aumenta-88-diz-estudo.htm>

Ela critica, então, o crescimento do número de escolas militares, segundo ela focadas na punição e não no pensamento crítico. Na verdade, todos os alunos que conheço oriundos de escolas militares são críticos: eles são críticos da deterioração da democracia por culpa da esquerda na América Latina; críticos da corrupção que assaltou o Brasil etc. Mas lembre: pensamento crítico para um esquerdista é a criança aprender a acreditar acriticamente em tudo o que a esquerda prega.

Vale lembrar que o órgão para o qual a ativista foi indicada, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, tem funções importantíssimas, dispostas no art. 64 da Lei de Execuções Penais, como: propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e execução das penas; contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da política criminal e penitenciária; promover a avaliação periódica do sistema criminal.

Tendo tudo isso em conta, e que há no Brasil inúmeras pessoas capacitadas para ocupar o posto e que não adotam um discurso tão descolado da realidade e mais alinhado aos anseios da população, concluímos que a nomeação de Sérgio Moro, neste caso, foi um completo desastre.

Compartilhe:

8 recomendações para você

Desenvolvido por bbmarketing.com.br