A série de ameaças a juízes levou a uma medida extrema: a criação de uma vara com magistrados que julgam crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico e milícia. Todos vão trabalhar, a partir de junho, em uma vara específica no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) para combater o crime organizado.
A fim de proteger os magistrados durante os processos, haverá rodízio na nova vara, para evitar que sejam identificados. Nos casos envolvendo prisão, por exemplo, três juízes vão assinar a ordem, para que seja dividida a responsabilidade sobre a ação.
De acordo com o TJ-RJ, 15 juízes que atuam na zona oeste do Rio – região historicamente dominada por milícias – estão com escolta policial 24 horas. Além deles, mais sete, por trabalharem em varas de execução penal, por exemplo, também têm direito à escolta.
Para iniciar os trabalhos, a vara com os “juízes sem rosto” precisa ser aprovada, por maioria de votos, por integrantes do Órgão Especial do TJ-RJ, composto por 25 desembargadores. A previsão é de que dez servidores trabalhem na vara especializada que deve receber 400 processos.
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