Brett Kavanaugh, indicado de Trump para a Suprema Corte, negou a acusação de abuso sexual| Foto: Melina Mara/The Washington Post

Os senadores republicanos saíram em defesa do candidato da Suprema Corte, Brett Kavanaugh, neste domingo (16), depois que uma mulher o acusou publicamente de abuso sexual décadas atrás, quando ambos estavam no ensino médio. A denúncia do fato já circulava no parlamento por meio de uma carta confidencial enviada à senadora democrata Dianne Feinstein.

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Em entrevista ao Washington Post, a professora Christine Blasey Ford, da California, contou que, quando eram adolescentes, Kavanaugh e um amigo a encurralaram em um quarto durante uma festa, no início dos anos 80. Ela diz que os eles estavam bêbados e que o amigo viu quando Kavanaugh a prendeu em uma cama e tentou tirar a roupa dela.

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Christine afirma ainda que tentou gritar e Kavanaugh cobriu sua boca com a mão, mas escapou com ajuda do amigo.

Kavanaugh negou categoricamente a acusação.

O porta-voz dos republicanos do Comitê Judiciário do Senado, Taylor Foy, emitiu uma longa declaração atestando a integridade de Kavanaugh e dizendo que era “perturbador que essas alegações não corroboradas, de mais de 35 anos atrás, durante o ensino médio, aparecessem na véspera de uma votação da comissão, depois de os democratas não terem investigado nada oficialmente mesmo tendo conhecimento das acusações por meio de uma carta desde julho”.

O comunicado sinaliza que os republicanos planejam seguir em frente e tentar confirmar Kavanaugh até o final do mês, mesmo com o pedido de adiamento da votação feito pelos democratas.

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“Por muito tempo, quando as mulheres fizeram sérias alegações de abuso, elas foram ignoradas. Isso não pode acontecer neste caso”, disse o líder da minoria do Senado, Charles Schumer, democrata de Nova York, em um comunicado.

Horas antes de o jornal Washington Post ser publicado no domingo, senadores republicanos e alguns democratas argumentaram que a alegação contra Kavanaugh por meio de carta confidencial – que na época não estava publicamente ligada a uma pessoa concreta – deveria ter sido levantada mais cedo ao Senado para que realmente pudesse impedir o avanço da indicação.

Em entrevistas televisionadas, outros senadores republicanos lamentaram que uma carta sigilosa de tal calibre não fosse compartilhada antes com outros legisladores envolvidos no processo de nomeação de Kavanaugh.

Feinstein disse em um comunicado que agora que a professora californiana tinha compartilhado a sua história “está nas mãos do FBI para conduzir uma investigação. E que isso deve acontecer antes que o Senado decida sobre a nomeação deste candidato”.

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