| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

O Ministério Público (MP) reabriu as investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog após a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenar o Brasil, no começo do mês, por não investigar e punir o crime. Membros do Ministério Público anunciaram o fato na tarde desta segunda-feira (30) em São Paulo. 

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Uma investigação anterior do Ministério Público sobre Herzog havia sido arquivada em 2009, com base na Lei da Anistia.

Após duas condenações do Brasil pelo tribunal de direitos humanos - a primeira em 2010, pelo desaparecimento de 62 pessoas na Guerrilha no Araguaia, a segunda agora, referente a Herzog -, o MP passou a ter a posição de que esses casos deveriam ser analisados pela Justiça.  

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"Crimes cometidos por agentes do estado fizeram parte de um ataque sistemático contra a população. São crimes de lesa humanidade. Isso foi confirmado pela sentença da corte. Por isso, esses crimes não são suscetíveis à prescrição e à anistia", informou o órgão.

O Ministério Público também propôs 36 ações penais em diversas regiões do país, referentes a diferentes casos de repressão. 

Em 25 de outubro de 1975, Herzog apareceu morto em uma cela do Doi-Codi, órgão da repressão do governo militar. A versão oficial dizia que o jornalista havia cometido suicídio, enforcando-se com um cinto de macarrão de presidiário. Várias evidências, porém, apontam que o jornalista foi torturado e morto por agentes militares.