O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu que unidades militares relembrem no próximo domingo (31) o aniversário de 55 anos do golpe militar de 1964.
Ele ponderou, no entanto, que é legítimo que grupos contrários à comemoração ingressem com pedidos judiciais para evitar celebrações durante a efeméride.
A Defensoria Pública da União ajuizou ação civil pública para impedir festejos. Nesta quarta-feira (27), vítimas da ditadura militar pediram ao STF (Supremo Tribunal Federal) que suspenda comemorações.
“Não vivemos um estado democrático de direito? Não faz parte cada um defender aquilo que é justo? Então, tudo bem, usem os instrumentos legais”, disse. “Essas coisas são normais quando a gente vive na liberdade”, acrescentou.
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O general da reserva ressaltou que a ditadura militar fez vítimas tanto civis como militares e defendeu que “historiadores isentos” analisem o período histórico. Para ele, o golpe militar deve ser visto levando em consideração o contexto da guerra fria. “As guerras têm excessos e estas coisas são sabidas”, disse.
Segundo o vice-presidente, a data será lembrada nas unidades militares como em anos anteriores, com palestras e formaturas. “Acho que vai ser feito algo muito conciliador, colocando que as Forças Armadas combateram o nazifascismo e o comunismo. Isso é passado e faz parte da história”, disse.
Na ordem do dia, divulgada pelas Forças Armadas, a cúpula militar fez uma defesa sóbria do “papel desempenhado por aqueles que, ao se depararem com os desafios próprios da época, agiram conforme os anseios da nação brasileira” durante o golpe militar.
Ela não chama o regime instaurado há 55 anos de ditadura, mas celebra a “transição para uma democracia” a partir da Lei de Anistia de 1979.
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