O presidente Michel Temer sancionou, nesta quinta-feira (26), o projeto de lei que torna crime hediondo o porte e a posse ilegal de armas de fogo de uso restrito às Forças Armadas, como fuzis, metralhadoras e submetralhadoras.
Temer anunciou a sanção durante cerimônia fechada no Palácio do Planalto para a assinatura do contrato de financiamento entre a Caixa e a cidade do Rio de Janeiro no valor de R$ 652 milhões.
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O autor do projeto, ex-senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), hoje prefeito da capital fluminense, era um dos convidados do evento. “Na manhã de hoje sancionei esse projeto que impede o uso de armas de porte exclusivo do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, porque é isso que aflige o povo do Rio de Janeiro”, disse o presidente.
A medida ocorre em meio à ação das Forças Armadas no Rio para o combate ao crime organizado. Os índices de violência no estado alcançaram número elevados neste ano, com a morte de quase cem policiais, um a cada dois dias, além de homicídios e roubos em geral.
Afagos a Maia
Diante de uma plateia de ministros, deputados e senadores, Temer fez questão de afagar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem estabeleceu, nos últimos meses, uma relação de desconfiança e disputa tácita.
O peemedebista se dirigiu nominalmente a Maia diversas vezes durante seu discurso de pouco mais de dez minutos e disse que foi sob a batuta do deputado à frente da Câmara que o governo criou “lei especial para resolver, inicialmente, a questão do Rio” e, em seguida, “outras questões estaduais que têm sido colocadas”.
“Estando eu no exterior, Rodrigo [Maia] teve a alegria patriótica, por ser do Rio de Janeiro, de assinar o projeto de recuperação fiscal do Rio”, disse Temer.
Na ocasião, como presidente em exercício, Maia chorou ao sancionar o documento.
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