O desperdício de alimentos ainda é uma realidade dura de enfrentar no Brasil e no mundo. Segundo dado apontado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aproximadamente, um terço da produção de frutas e hortaliças acaba inutilizada.
Como noticiado na Gazeta do Povo, no inicio do ano passado aconteceu a 37ª Merco Super – Feira e Convenção Paranaense de Supermercados. O evento reuniu nove especialistas para, entre outros assuntos, discutir sobre o impacto do desperdício. De acordo com a fala de Elisangeles Souza, técnica da federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e uma das palestrantes, o Paraná produz mais de 200 milhões de toneladas de frutas e hortaliças por ano. “Se formos aplicar a média do desperdício, significaria 69,5 milhões de alimentos indo para o lixo todo ano no estado”, afirmou.
O não aproveitamento pode acontecer de muitas formas. Desde os problemas estruturais da produção, o transporte ou até embalagens mal pensadas, que muitas vezes danificam o produto. A exigência de boa aparência nas frutas e legumes e a cultura da mesa farta também são exemplos de como os alimentos podem acabar indo para o lixo, mesmo estando próprios para o consumo.
Mudanças para diminuir o desperdício
Quando falamos em mudanças com alimentação, inevitavelmente tratamos de hábitos. O desperdício também acontece onde o alimento deveria ser utilizado: na cozinha. Pensando nisso, os alunos do 9º ano do Colégio Estadual São Cristóvão, de São José dos Pinhais, desenvolveram diversas atividades para conscientização e ideias de reaproveitamento daquilo que antes era descartado. As ideias surgiram embasadas nas leituras de matérias da Gazeta do Povo.
O projeto, que foi desenvolvido pelo professor Marcos Antônio Morello, conquistou o 3º lugar, na categoria Geral Individual, do Concurso Cultural Ler e Pensar 2018. Você pode conhecer mais sobre a prática aqui.
Os estudantes fizeram uma composteira caseira na escola, com cascas de ovos e de frutas, para gerar adubo e uma futura pequena horta, que seria desenvolvida em outro momento. Fizeram panfletos com o tema e criaram um livro de receitas, com sugestões de reutilização de alimentos. Nas receitas, estavam incluídas ideias que os pais ou avós dos alunos fizeram em casa. E eles foram mais além, entrevistando feirantes locais e consumidores, envolvendo assim, toda a comunidade.
Com o projeto, foi possível evidenciar que o desperdício está presente em quase todas as residências brasileiras. Portanto, a mudança desse quadro só será possível com a colaboração e o engajamento de toda a população. Já o colégio, cumpriu com eficácia seu papel, pois os jovens abraçaram as ações propostas e repassaram as boas práticas para as famílias.
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