Conhecer e aprender a lidar com as emoções nem sempre é algo fácil, como mostra, de maneira lúdica, o filme de animação Divertidamente. Assim como na obra de ficção, é comum buscarmos um estado de felicidade constante, negligenciando outras emoções, como a tristeza, a raiva e o medo, por exemplo. Para evitar que essas emoções se tornem um problema, é importante desenvolvermos o autoconhecimento desde a infância.
De acordo com a matéria da Gazeta do Povo, parte de uma série sobre qual é o papel da família na construção das virtudes nos filhos, um estudo divulgado em 2013 “indicou que o nosso cérebro é, realmente, mais maleável nos primeiros anos de vida. [...] Ou seja, os pesquisadores chegaram à conclusão que as influências exteriores que recebemos durante a infância serão sempre mais fortes do que em qualquer outra fase da vida”.
Entendendo a importância da escola nesse processo, a professora do Ler e Pensar Carolina Rochelli Policarpo Ventura, de Paranaguá (PR), aproveitou os textos da Gazeta para se inspirar e criar o projeto “Cofre das Emoções: conhecendo o nosso maior tesouro”. O objetivo da professora era incentivar os alunos a interagirem melhor durante as aulas remotas, além de contribuir com o desenvolvimento das Competências Socioemocionais previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Como trabalhar com as emoções
A professora deu início às atividades fazendo uma “conversa brincante”, como ela mesma descreve. A atividade ocorreu de forma remota e as crianças puderam sinalizar o que já sabiam sobre as emoções, através de plaquinhas com emojis. Ela também promoveu um jogo simbólico chamado de “Cofre de histórias” e a atividade “Toda criança gosta”, em que os alunos puderam contar histórias livremente e assim compartilhar as suas vivências. Além disso, através da leitura de matérias da Gazeta do Povo e de um poema, os estudantes foram encorajados a gravar vídeos contando as suas “receitas” para espantar a tristeza em tempos de pandemia.
E as atividades não pararam por aí. A professora priorizou também a interação dos pequenos com as suas famílias e a comunidade, através de propostas como o “Cofre de brincadeiras”, atividade que convida os adultos a contarem suas histórias de infância para as crianças. Além disso, enviou ainda para os alunos um “Kit Emoções”, que continha atividades para extravasar a raiva e outras para se acalmar, como bolinhas que crescem na água.
De acordo com a professora Carolina, os resultados obtidos foram muito satisfatórios e um dos reflexos do projeto foi a maior participação dos alunos durante as aulas, o que era parte de seu objetivo inicial. “Antes as crianças se sentiam inibidas para expor suas opiniões e hoje já se sentem mais confiantes”, contou.
A construção do conhecimento sobre as emoções junto com a professora, a família e a comunidade também foram um ponto alto do projeto. E esse aprender em conjunto teve um impacto positivo não apenas nos estudantes, mas também nos seus familiares. “Segundo o relato de uma mãe, o projeto possibilitou entender que todos temos nossas emoções e cada um sente de uma forma diferente. Falar sobre isso em casa e perceber que isso é algo que também podemos aprender foi algo novo e gratificante”, relembrou a professora, orgulhosa.
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