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Crianças conectadas: como enfrentar o cyberbullying? 
| Foto: Banco de imagens do Canva

Segundo os dados da pesquisa TIC KIDS ONLINE BRASIL (2023), cerca de 95% das crianças e adolescentes de 9 a 17% acessam a Internet no Brasil, a quantidade total de usuários menores de 18 anos ultrapassa os 25 milhões. Em um país com essa enorme quantidade de pessoas acessando diariamente a web, é importante que esse público esteja preparado, com habilidades necessárias para saber como se portar, identificar violências e se proteger de cyberbullying.

O relatório da Cetic.br (2023), afirma que dentre o público entrevistado 81% deles conseguiam identificar situações no qual o bullying acontecia. Apesar disso, ao se deparar com a pesquisa do Instituto Ipsos (2018), o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de países que mais registra casos de cyberbullying no mundo. Diante desse cenário, como então, trabalhar com os estudantes sobre questões tão importantes que podem afetar a vida deles? 

O professor Julio Domingos, de Campina Grande do Sul (PR), pode nos dar um caminho. Em sua turma do 1º ano, na Escola Municipal João Curupaná da Silva, ele promoveu uma roda de conversa sobre o tema, na qual, eles puderam conversar e discutir sobre o bullying e o cyberbullying, como ele acontecia, quais eram os impactos na vida das pessoas que sofreram essa violência e por fim propôs uma dinâmica.

Na atividade “Bolinha de Papel”, inspirada em uma das dicas disponíveis nas redes sociais do Instituto GRPCOM, as crianças deveriam realizar um desenho em uma folha de papel em branco, que em seguida seria amassada. Após essa primeira parte, a turma poderia ver que mesmo que tentem desamassar o desenho, o impacto seria irreversível, fazendo assim uma analogia sobre os efeitos que o bullying pode causar na vida de uma pessoa.

Além disso, Julio orientou os alunos na criação de uma cartilha para o combate ao cyberbullying. Mas a prática dele não para por aí! Para promover um uso mais consciente das redes e das tecnologias em geral, ele levou para a turma os conceitos da Cidadania Digital, utilizando os materiais disponibilizados pelo Ler e Pensar para levar os termos de modo mais lúdico à sua turma.  

Esse ano foi a primeira vez que Julio participou do projeto e, para ele, os cursos ofertados foram essenciais para que pudesse primeiro se conscientizar e adquirir os conhecimentos necessários para em seguida poder levar aos seus alunos. A partir disso, o professor pode levar para a turma os conhecimentos sobre os pilares da cidadania digital, focando principalmente em Privacidade e Segurança e Consumo e Curadoria.  

Julio já está no terceiro ano acompanhando essa turma e pôde ver a evolução deles desde o infantil, até o primeiro ano, onde estão agora. Para o professor, os estudantes além de terem desenvolvido um senso crítico, passaram a compartilhar mais as suas opiniões e até mesmo levaram o tema para suas famílias e gerou impactos positivos inclusive em familiares que praticavam o cyberbullying. 

Por sua prática, que além de utilizar os materiais do Ler e Pensar, conseguiu promover em sua docência a Cidadania Digital, o professor Julio Domingos conquistou o título de vencedor na Ação de Cidadania Digital do Ler e Pensar 2024! 

Quer conhecer outras práticas inovadoras e que promovem o tema? Fique de olho na coluna do Ler e Pensar na Gazeta do Povo, clique aqui para acessar.

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