Durante os últimos meses, a discussão acerca da nova lei dos agrotóxicos realizada na Câmara dos Deputados, levantou grande polêmica no Brasil todo. O PL do Veneno, como ficou conhecido o Projeto de Lei nº 6299/02, visa diminuir a burocracia que envolve o uso de substâncias químicas no cultivo de alimentos, o que supostamente permite o uso maior dessas substâncias com um menor controle, gerando diversos riscos à saúde e ao meio ambiente.
A preocupação não surge à toa. Segundo dossiê, produzido pela ABRASCO em parceria com o Ministério da Saúde, 64% dos alimentos produzidos no Brasil são contaminados por agrotóxicos sendo que entre 2007 e 2015, 84 mil notificações de intoxicação causadas por essas substâncias foram registradas. O Paraná fica em 3º lugar nesse ranking, registrando 13 mil dos casos.
Nesse cenário, a Gazeta do Povo publicou no dia sete de julho a matéria “Efeitos de agrotóxicos para a saúde vão de infertilidade a câncer” alertando para os riscos trazidos pelo uso dos produtos químicos em questão. Segundo Paulo Costa Santana, farmacêutico e diretor do Centro Estadual de Vigilância Sanitária do Paraná, ouvido pelo jornal, os efeitos no organismo são extensos e os mais afetados são crianças, gestantes, lactentes, idosos e pessoas com a saúde debilitada.
Com a mão na massa (da coxinha)
Os alunos da professora Evelise Gaio Tanajura, de Pinhais, estão por dentro do assunto e já reconhecem muito bem as opções quando o tema é alimentação saudável, dando preferência a alimentos orgânicos. Isso porque a turminha, do 3º ano, estudou o tema durante as aulas, aliando o assunto ao conteúdo que já vinha sendo desenvolvido no município.
A professora iniciou as atividades apresentando a referida matéria e contextualizando o assunto, esclarecendo os termos desconhecidos e principalmente o conceito de agrotóxico. Então, com base nas discussões que surgiram, conduziu as crianças na elaboração do Manual para uma vida saudável.
Buscando enriquecer ainda mais o processo e ampliar as áreas do conhecimento exploradas, Evelise foi além e levou seus alunos até uma chácara que só produz alimentos sem utilizar substâncias químicas. Lá, além de conhecer o processo diferenciado de cultivo e aprender mais sobre o assunto, as crianças distribuíram o guia que haviam criado e aproveitaram a oportunidade para comprar batatas doces orgânicas.
De volta à Escola, as crianças puderam convidar os familiares para uma aula diferente e juntos produziram coxinhas de batata doce, dando um sabor especial a toda a experiência. Segundo a docente, além das coxinhas deliciosas, o trabalho rendeu também bons frutos. “As crianças ficaram entusiasmadas de conhecer a área rural [...] e ainda mais empolgadas com o lanche saudável que fizeram, criticando as famosas ‘porcarias’ - como disseram eles. Ainda vimos a valorização do produtor rural e as famílias adoraram o desenvolvimento de toda a atividade. Muitos alegaram que iriam fazer a coxinha novamente e mudar os hábitos com relação à escolha dos produtos”, contou a professora.
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