Com a chegada do carnaval, o movimento no litoral paranaense tende a aumentar consideravelmente. É esperado que mais de 190 mil veículos trafeguem pelo trecho que liga Curitiba às praias, segundo a concessionária responsável pela área. Mas não é só o número de turistas e veículos que aumenta no litoral em épocas festivas, infelizmente, esse grande movimento costuma vir acompanhado de um acúmulo ainda maior de lixo nas áreas beira-mar.
Segundo a Sanepar, responsável por fazer o recolhimento de resíduos nas praias durante o verão, no primeiro dia de 2019 foram recolhidas mais de 27 toneladas de lixo das areias do litoral paranaense. A rádio Mundo Livre, que em parceria com várias organizações ambientais promove ações de conscientização e limpeza, destaca que os “microplásticos”, ou seja, os resíduos plásticos muito pequenos, são os maiores vilões. Nas ações realizadas por eles, as bitucas, canudos, garrafas pet e latas de alumínio foram os itens mais encontrados, porém, embalagens plásticas e garrafas de vidro também foram recolhidas em grande quantidade.
Mudança que começa desde cedo
Para mudar essa realidade, é necessária uma mudança de hábitos, tomando consciência do impacto das nossas ações, por isso, as escolas são o ambiente ideal para se tratar deste tema. Foi o que fez a Professora Laura Cristini do Nascimento Amorim, de Paranaguá. Após conversar com seus alunos, da Escola Municipal Dr. Aníbal Ribeiro Filho sobre os problemas da comunidade, ela percebeu a preocupação deles com o acumulo de lixo no litoral. Então, após uma discussão utilizando a matéria "Muito lixo na areia: média é de 13,3 toneladas por dia nas praias do PR", publicada pela Gazeta do Povo, as crianças propuseram como solução para o desafio a realização de um mutirão de limpeza.
Para concretizar essa ação, Laura se uniu à ONG Parceiros do Mar e envolveu as suas turmas de 3º, 4º e 5º anos na organização e realização de um mutirão, no Dia Mundial da Limpeza. Segundo ela, todo mundo saiu ganhando. “Os alunos estão mais informados e sabem que podem ser agentes transformadores, iniciando cada um em sua casa e os voluntários da ONG ficaram inspirados ao verem as crianças tão envolvidas com o projeto”, contou.
Com a realização desta prática, Laura foi uma das dez professoras destaques na edição 2019 do Projeto Ler e Pensar, e ficou com o 10º lugar na votação popular, acumulando mais de 2 mil votos.
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