É evidente que as novas tecnologias são responsáveis por inúmeros avanços em nossa sociedade. Porém, os aparelhos que tornam nossas vidas mais práticas podem também ser causadores de acidentes. Esse é o diagnóstico feito pelo Portal do Trânsito, resultado de uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) , divulgada pela Gazeta do Povo, no dia 20 de julho deste ano.
Segundo a pesquisa, na capital paranaense o uso indevido do celular no trânsito está em quarto lugar no registro de infrações nos seis primeiros meses de 2017. Para piorar a situação, o Portal revela que usar o celular por apenas cinco segundos, a uma velocidade baixa de 40 a 60 km/h, equivale a percorrer 83 metros às cegas.
Ao se deparar com essas informações e com a edição especial do Boletim de Leitura Orientada (BOLO) sobre o uso seguro das novas tecnologias, a professora Elisabete Ribeiro Bardine Sanches, da Escola Municipal Aricanduva, em Arapongas, resolveu trabalhar o assunto com os seus alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, para gerar um impacto nas famílias e, consequentemente, na comunidade escolar.
A partir dos pilares da Educomunicação propostos pelo Ler e Pensar, Elisabete conseguiu engajar os alunos na campanha, conscientizar os pais, realizar uma análise crítica da mídia e fazer a ponte entre os conteúdos do currículo e as reportagens utilizadas para nortear a prática planejada por ela.
Educomunicação efetivada na prática
O trabalho começou com uma exploração pelas páginas online da Gazeta do Povo e do BOLO. A professora evidenciou as manchetes, fotos, legendas e fez uma atividade de análise crítica, sobre intencionalidades e posicionamento da mídia. Em um segundo momento, Elisabete propôs algumas reflexões sobre o tema celular e trânsito, embasada pela pesquisa supracitada.
Os estudantes debateram o assunto e fizeram algumas dramatizações. “Eles levaram a conversa aos seus lares para que toda a família se conscientizasse e tivemos um ótimo retorno, muitas ideias surgiram para diminuir o número de infrações cometidas pelos motoristas com o uso do celular e os mesmos revelaram que os pais têm esse costume errado quando estão dirigindo”, contou Elisabete.
A última etapa do projeto da professora foi a elaboração de uma campanha de alerta voltada para as famílias, com as ideias levantadas pelos estudantes. Além disso, os conteúdos programáticos não foram deixados de fora, a turminha aprendeu sobre pontuação, separação silábica, análise sintática, entre outros saberes propostos pela escola. “Foi perceptível a preocupação dos alunos ao saberem que muitos dos pais e/ou parentes comentem esses erros, ao mesmo tempo em que se sentiram motivados para orientá-los. Ao final, conseguiram repassar esse sentimento aos motoristas que fazem parte do convívio de cada um”, relatou Elisabete. A equipe do Ler e Pensar também se sente orgulhosa em colaborar para um trânsito mais seguro.
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