Estamos vivendo um momento de reflexão e reeducação quando o assunto é direito da mulher. O feminismo tem ganhado força e espaço no cenário atual e até mesmo quem nunca se reconheceu como feminista tem percebido que essa palavra representa muito mais que um rótulo, mas uma luta de gerações.
Foi o que aconteceu com a rapper Karol Conka, curitibana que nasceu na periferia, vitima de racismo desde criança e espectadora de episódios recorrentes de violência doméstica. Esse histórico foi o que fez a cantora romper com o silêncio e desde então Karol vem derrubando barreiras e “tombando geral” para erguer a bandeira do empoderamento da mulher negra, se tornando símbolo do feminismo negro, no Brasil.
Na aula de hoje: Empatia
A professora Adriana Martins da Rocha, que leciona na Escola Municipal Bairro Novo do CAIC, em Curitiba, trouxe o tema durante as aulas de língua portuguesa em todo o primeiro trimestre do ano anterior. Ela iniciou o assunto utilizando o livro “A Fofa do Terceiro Andar”, de Cléo Busatto, que trata de bullying e padrões impostos.
Então, Adriana foi de encontro ao interesse dos alunos e a partir da matéria “Música ‘100% Feminista’ reúne MC Carol e Karol Conka”, publicada pela Gazeta. Esse trabalho, rendeu debates sobre opiniões e personalidades e levou os alunos a refletirem sobre os próprios preconceitos. Além disso, a turma produziu um mural sobre várias personalidades, símbolos de representatividade, como, Elza Soares, Frida Kahlo e Xica da Silva. A professora conta que “os estudantes puderam perceber a importância de algumas mulheres para a formação da sociedade brasileira”.
Indo além do óbvio
Até então a experiência já havia sido maravilhosa, mas não satisfeita e aproveitando o momento onde a criticidade dos alunos estava aflorada, a docente trouxe novamente a rapper para a pauta, com a matéria “Karol Conka lança linha de bolsas e gera críticas por causa dos preços”. O foco desta vez foi o consumismo e questões como “será que é tão importante ter uma mochila de R$ 745?” foram levantadas.
Em um momento onde o “ter” é mais valorizado que o “ser”, levar os jovens a refletirem sobre seus próprios atos de consumo é uma prática que deveria estar presente em todas as salas de aula, afinal, em que outro ambiente nossas crianças têm acesso a tanta diversidade cultural, étnica e econômica?
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