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Projeto Eleição para Todos
| Foto: Marri Nogueira/Agência Senado

Desde 1988 a Constituição Federal do Brasil garante como um dos direitos políticos de todo cidadão o voto individual e secreto. Para os brasileiros maiores de 18 anos, esse direito se torna obrigatório e, portanto, é necessário que o governo facilite o acesso às seções de votação para todos. Em 2024 tiveram mais de 150 milhões eleitores aptos, sendo que desse público 1.451.846 eram PcD e precisavam de algum tipo de acessibilidade na hora de exercer a sua cidadania, os dados, que são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são das eleições desse ano e destacam um crescimento de 25% desse público desde 2020.   

Com base nesse cenário, a professora Lilian Mara Peres Ferreira, da Escola Nova Caminhar – APS Down, em Londrina, desenvolveu o projeto “Eleição para Todos”, que ensinou democracia e inclusão a alunos da educação especial. A iniciativa, reconhecida com menção honrosa no Prêmio Professor do Ano - Ler e Pensar 2024, transformou um tema complexo em uma experiência prática e acessível, envolvendo os alunos em cada etapa do processo eleitoral. 

A prática começou com uma introdução sobre o conceito de eleições e a importância do voto como ferramenta de cidadania. Para tornar o aprendizado concreto, os alunos receberam réplicas ampliadas de títulos de eleitor e participaram de uma simulação de votação, com cédulas e urna adaptada. A cada voto depositado, o som característico da urna eletrônica era reproduzido, proporcionando uma vivência completa e inclusiva. 

Além da simulação, os alunos trabalharam com materiais pedagógicos fornecidos pelo Ler e Pensar, incluindo reportagens da Gazeta do Povo sobre eleições inclusivas. A professora ainda destacou o curso “Formando Cidadãos na Escola” disponibilizado pelo projeto na Plataforma EaD, que enriqueceu as suas aulas. O uso dessas ferramentas ajudou a contextualizar o tema e a fortalecer o entendimento sobre os direitos políticos. Após a votação, os resultados foram representados em gráficos coloridos, facilitando a compreensão e o engajamento dos estudantes. 

O impacto do projeto foi amplificado por ações práticas que envolveram a comunidade. Durante as atividades, duas alunas foram convidadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para atuar como auxiliares de acessibilidade nas eleições, um marco importante para elas, para a escola e para todas as pessoas com deficiência. Pela primeira vez, em 30 anos de história da instituição, alunas foram integradas ao trabalho eleitoral, demonstrando como a inclusão pode romper barreiras e transformar vidas. 

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