Quem nunca foi em um restaurante ou almoço de família e observou os responsáveis entregando os celulares nas mãos de crianças para que elas “fiquem quietas”? É comum observar isso nos últimos anos. De acordo com a pesquisa do Comitê Gestor da Internet (Cetic.br), a TIC KIDS ONLINE BRASIL (2023), 95% das crianças e adolescente de 9 a 17 anos já utilizam a internet no país, o que representa cerca de 25 milhões pessoas. Apesar dos dados serem de crianças acima de 9 anos, desde muito cedo é possível observar crianças conectadas às telas.
É importante que comece em casa, por meio dos responsáveis, o incentivo para o uso responsável e consciente das telas, evitando que os pequenos as utilizem de modo excessivo, para que desenvolvam outras habilidades importantes para o seu desenvolvimento. Apesar disso, em um mundo cada vez mais conectado, é fundamental que as crianças aprendam a navegar no mundo digital de forma segura e responsável.
A professora Larissa Penso, do CMEI Maridi Mendes Leandro, Paranavaí (no noroeste do Paraná), mostrou como é possível conectar o mundo digital ao mundo real para promover o aprendizado e o desenvolvimento das crianças com menos de 3 anos. Através da Realidade Aumentada, ela proporcionou aos seus alunos uma experiência única que os ajudou a compreender a importância da informação e da comunicação.
Com a ajuda de projetor, o famoso datashow, e computador, Larissa trouxe obras de arte e o jornal da Gazeta do Povo para dentro da sala de aula. As crianças puderam interagir com as imagens em alta definição, observando os detalhes e explorando o conteúdo de forma lúdica. Além disso, tiveram a oportunidade de comparar o jornal físico com a versão online, percebendo a evolução da comunicação ao longo do tempo.
Ao trabalhar com a informação, jornais e obras de arte a professora Larissa mostrou que é possível introduzir noções básicas de cidadania digital mesmo com crianças muito pequenas. Essa iniciativa inspiradora permite preparar as futuras gerações para viverem em um mundo cada vez mais conectado.
Além disso, momentos como esse, em que promovem a cultura do Letramento, isto é, a possibilidade de interação com materiais escritos, como o jornal, folhar as páginas e até mesmo observar as letras do jornal on-line, contribuem para que quando a criança for ser alfabetizada já esteja inserida no mundo letrado.
A professora contou que a prática gerou impacto positivo entre os alunos, pois, percebeu que eles estavam mais conscientes e curiosos em sala de aula. Para finalizar as atividades, ela relatou que os estudantes tiveram a oportunidade de desenvolver releituras das obras que observaram e assim, eles podem estar desenvolvendo habilidades como coordenação motora e criatividade.
Por sua prática, que além de utilizar os materiais do Ler e Pensar, promoveu a Cidadania Digital, Larissa Penso foi vencedora na Ação de Cidadania Digital do Ler e Pensar 2024!
Quer conhecer outras práticas inovadoras e que promovem o tema? Fique de olho na coluna do Ler e Pensar na Gazeta do Povo, clique aqui para acessar.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa