A semana sangrenta iniciada com o ataque a um mesquita xiita, na quarta-feira passada, não deixou mais de 200 mortos, como até a segunda-feira os militares americanos e a própria mídia mundial vinha divulgando, mas sim mais de 1.300 mortos, afirma reportagem do "Washington Post" publicada nesta terça-feira. A informação é do principal necrotério de Bagdá.
É a temporada mais mortal desde que o início da invasão americana, em março de 2003, não se levando em conta ataques das forças ocidentais.
Centenas de corpos estavam no necrotério na segunda-feira, todos sem identificação, exibindo marcas de tiros e facadas ou tendo as cabeças enfiadas em sacos plásticos e as mãos amarradas.
Algumas famílias disseram que parentes haviam sido mortos pelo Exército Mahdi, a milícia xiita do clérigo Moqtada al-Sadr, o qual, no fim de semana, havia pedido união entre xiitas e sunitas. Assessores do clérigo negaram a acusação.
Funcionários do necrotério disseram ao "Washington Post" que receberam mais de 1.300 mortos desde o ataque ao santuário xiita. Os corpos foram fotografados e numerados.
O Departamento de Estatísticas da polícia iraquiana lista 1.020 mortos, mas a burocracia da morte por vezes atrasa.
A maioria das vítimas, segundo a polícia, foi seqüestrada por homens armados e executadas à maneira dos esquadrões da morte.
Depois de publicada a reportagem, o governo divulgou comunicado contestando os números. O total de mortos desde quarta-feira é de 379 pessoas; o de feridos, 458.
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