O número de pessoas necessitadas de assistência humanitária na Síria subiu de 1 milhão para 1,5 milhão, disse a ONU nesta sexta-feira.
A entidade disse que as agências humanitárias enfrentam restrições "significativas" no acesso ao crescente número de civis à espera de mantimentos e proteção.
A cifra, divulgada em Genebra pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), inclui 350 mil pessoas na província de Idlib (norte) e outras 250 mil na conturbada cidade de Homs, onde mais de cem prédios públicos foram transformados em albergues temporários.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU havia distribuído até meados de junho comida a 461 mil sírios, e pretende chegar a 850 mil em julho, segundo a nota.
A ONU, que anunciou em 5 de junho um acordo com as autoridades sírias para implementar um grande programa de ajuda humanitária, está sendo impedida da fazê-lo por causa da precária situação de segurança no conflito entre forças governamentais e rebeldes que querem derrubar o presidente Bashar al Assad.
Missões de reconhecimento já foram realizadas, e centros humanitários serão instalados inicialmente em Homs e Deir al Zor (leste).
"No entanto, diante da deteriorada situação de segurança, a mobilização do pessoal nos locais de campo está suspensa", disse a Ocha.
Mais de 96 mil refugiados já se registraram em países vizinhos, aumento de quase 20 mil desde 31 de maio, disse a nota, citando o Acnur (agência da ONU para refugiados).
- Pelo menos 26 partidários do regime sírio são mortos em emboscada
- Sobe para 170 o número de mortos na Síria, segundo oposição
- Mais de 15.000 morreram desde o início da rebelião na Síria
- Cruz Vermelha está preparada para evacuar civis da cidade síria de Homs
- Observadores permanecerão na Síria, afirma autoridade da ONU