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Intolerância religiosa

20 ex-chefes de Estado fazem apelo ao Papa por perseguição do ditador da Nicarágua a católicos

São Domingos de Gusmão
Fiel participa de procissão em homenagem a São Domingos de Gusmão em Manágua, capital da Nicarágua, no dia 4 de agosto de 2022. Ditador Daniel Ortega já expulsou MIssionárias da Caridade do país e persegue líderes católicos. (Foto: EFE / Jorge Torres)

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Mais de 20 ex-chefes de Estado e de governo ibero-americanos expressaram preocupação nesta quarta-feira (17) com o que definiram como "perseguição religiosa desencadeada pela ditadura" da Nicarágua, chefiada pelo ditador Daniel Ortega, e pediram ao papa Francisco para que aja em defesa do povo do país centro-americano e de sua liberdade religiosa.

Em uma declaração, os ex-líderes da chamada Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA) pediram ao papa Francisco para que tome uma "posição firme" contra a "queima de igrejas e a destruição selvagem de imagens do culto católico" na Nicarágua, crimes que "imitam as perseguições do nazismo e a queima de livros em 1933".

O objetivo, segundo a IDEA, não é outro senão "destruir as raízes culturais e espirituais do povo nicaraguense a fim de deixá-lo na anomia" para que se torne "presa fácil" através da "destruição de sua dignidade e raízes culturais", como revelou o recente fechamento da Academia Nicaraguense de Línguas (ANL).

Em sua declaração sobre o regime de Ortega e Rosario Murillo, os ex-chefes de Estado e de governo denunciam a atual "perseguição agravada da liberdade religiosa" após a recente "criminalização dos líderes políticos e sociais" e a "restrição radical" de toda a liberdade de expressão e de imprensa.

"Agora, (o regime nicaraguense) está caminhando para a perseguição de líderes episcopais católicos, padres e monjas", incluindo sua expulsão do território nacional, como é o caso das emblemáticas Missionárias da Caridade, disse a IDEA.

Assinam a declaração Óscar Arias, Laura Chinchilla, Luis Guillermo Solís e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), José María Aznar (Espanha), Vicente Fox, Rafael Ángel Calderón e Felipe Calderón (México), Mireya Moscoso e Nicolás Ardito Barletta (Panamá), Carlos Mesa e Jorge "Tuto" Quiroga (Bolívia), Alfredo Cristiani (El Salvador), Mauricio Macri (Argentina), Sebastián Piñera e Eduardo Frei (Chile), Luis Alberto Lacalle (Uruguai), Lucio Gutiérrez, Osvaldo Hurtado e Jamil Mahuad (Equador), Iván Duque, Andrés Pastrana e Álvaro Uribe (Colômbia) e Juan Carlos Wasmosy e Federico Franco (Paraguai).

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