Violência
Atentado com carro-bomba provoca 19 mortes na Nigéria
A explosão de um carro-bomba em um bloqueio militar na cidade nigeriana de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, resultou na morte de pelo menos 17 pessoas ontem, informaram autoridades locais. A polícia acredita que a explosão do carro-bomba, ocorrida por volta das 13h30 locais em uma área comercial da cidade, tenha sido causada por um militante suicida.
Logo depois da explosão, soldados começaram a disparar para o alto, acentuando o pânico que se seguiu à detonação. O comissário de polícia de Maiduguri, Lawan Tanko, informou que 17 pessoas morreram no local e que diversas vítimas foram socorridas, mas não forneceu um número. Ele qualificou o episódio como um "atentado suicida" e disse que o veículo usado no ataque era uma picape carregada de lenha.
Fontes médicas, porém, falavam em pelo menos 30 mortos. Além das 17 pessoas dadas oficialmente como mortas, 15 carros e quatro mototáxis foram destruídos na explosão.
Agência Estado
Cerca de 200 pessoas morreram afogadas quando o barco em que estavam virou no rio Nilo, no último domingo, informou um oficial militar sul-sudanês. As vítimas, a maioria mulheres e crianças, fugiam dos confrontos entre rebeldes e forças do governo em Malakal, no estado do Alto Nilo. Os confrontos no país mais novo do mundo já desalojaram mais de 400 mil pessoas desde meados de dezembro.
Somente três crianças sobreviveram ao naufrágio. Em entrevista à rádio da ONU no Sudão do Sul, o porta-voz militar, Philip Aguer, confirmou as mortes depois que o navio em que se deslocavam afundou por excesso de carga. O porta-voz culpou as forças partidárias do ex-vice-presidente sul-sudanês Riak Mashar por divulgar mensagens telefônicas que advertiam que a cidade estava sendo atacada.
Aguer lamentou esse "incidente desastroso" e confirmou os duros confrontos entre as forças do governo e os rebeldes em Malakal e na cidade de Bor, capital do estado sul-sudanês de Jonglei. Malakal esteve nas mãos dos rebeldes por um breve período, até ser retomada pelas tropas do governo.
Na medida em que o controle de certas regiões muda, dezenas de milhares de moradores fogem de sua casas para escapar das batalhas, geralmente travadas entre membros da étnica dinka, do presidente Salva Kiir, e da etnia nuer, da qual o ex-vice-presidente Riek Machar faz parte.
A violência já desalojou 413 mil pessoas, dentre elas mais de 73 mil que buscaram refúgio em países vizinhos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O governo do Sudão do Sul diz agora que chegou a um acordo de paz com o líder da rebelião local, David Yau Yau, coronel da tribo Murle que parece ter fechado um acordo com o governo de Kiir.
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