Londres O Serviço Meteorológico britânico (MET, em inglês) informou que 2007 tem tudo para ser o ano mais quente desde 1659, quando as temperaturas no Reino Unido passaram a ser medidas anualmente, e que o calor baterá o recorde de 1998. Os meteorologistas estão convencidos de que o efeito combinado do fenômeno conhecido como "El Niño" no Pacífico, dos gases do efeito estufa e das mudanças climáticas na atividade solar fará com que as temperaturas batam um novo recorde em todo o planeta. Segundo um porta-voz da instituição, há 60% de chances de que 2007 seja "o ano mais quente em nível global, superando o recorde estabelecido em 1998".
Em 2007, a temperatura média do ano do planeta deverá ser 0,54 grau Celsius maior que a média de 14 graus Celsius do período compreendido entre 1961 e 1990. A estimativa anual foi realizada pelo Hadley Center, do MET, e pela Universidade de East Anglia. A margem de erro do Centro Hadley nos últimos sete anos foi de apenas 0,06 grau Celsius.
Efeito estufa
Segundo Chris Folland, diretor do departamento de pesquisa de variação climática do centro, o principal fator estudado foram as emissões de gás de efeito estufa decorrentes da atividade humana. Os gases aquecem a superfície do planeta, enquanto os aerossóis a esfriam.
A segunda influência que deve contribuir para a previsão é o efeito do "El Niño", fenômeno caracterizado pela entrada de águas excepcionalmente quentes no litoral do nordeste da América do Sul e que é o que mais influencia as variações climáticas.
A possibilidade de que neste ano seja batido um novo recorde de altas temperaturas está ligado à força moderada do "El Niño" registrada já no Pacífico e que, segundo a Organização Meteorológica Mundial, deve continuar influenciando o clima da região durante o primeiro semestre deste ano. Segundo o professor Folland, o impacto do "El Niño" na alta das temperaturas globais só será percebido em quatro meses. No dia 1.º de janeiro, o professor Phil Jones, da Universidade de East Anglia, já havia antecipado que 2007 seria o ano mais quente desde que a temperatura começou a ser medida.
Segundo Jones, a previsão para este ano é de condições climáticas extremas no mundo todo, que podem causar secas na Indonésia e enchentes na Califórnia (Estados Unidos). O principal assessor científico do governo britânico David King concordou com as previsões e considerou "essencial" chegar a um acordo o mais rápido possível para reduzir as emissões de dióxido de carbono, que são as principais causas do aquecimento do planeta.
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