26 governadores republicanos dos EUA declararam apoio ao plano de deportação em massa promovido pelo presidente eleito Donald Trump. Em uma declaração, divulgada na semana passada, eles se comprometeram a trabalhar em conjunto com a nova gestão da Casa Branca para implementar a medida, considerada por Trump como necessária para conter a crise desencadeada pela entrada de diversos imigrantes ilegais em solo americano.
“Como governadores republicanos, estamos unidos em apoio ao compromisso inabalável do presidente Donald Trump de tornar a América segura novamente, enfrentando a crise da imigração ilegal e deportando imigrantes ilegais que representam uma ameaça às nossas comunidades e à segurança nacional”, afirmaram os governadores em uma declaração conjunta encabeçada pelo republicano Henry McMaster, governador da Carolina do Sul e presidente de políticas da Associação de Governadores Republicanos (RGA).
Planos de ação coordenados com estados
Os governadores destacaram que, diante do que classificam como “inação” do governo Biden desde 2021, os estados já mobilizaram recursos próprios, incluindo forças policiais e unidades da Guarda Nacional, para enfrentar os desafios das políticas de fronteira aberta.
“Quando a administração [de Joe] Biden se recusou a proteger nossas fronteiras e a defender o Estado de Direito, foram os governadores republicanos que tomaram a iniciativa. Mobilizamos recursos estaduais, incluindo as forças policiais e unidades da Guarda Nacional, para proteger os americanos das desastrosas políticas de fronteiras abertas e impedir que a imigração ilegal sobrecarregasse nosso país. Estamos orgulhosos de receber o presidente Trump de volta à Casa Branca, um líder que consistentemente colocou a América em primeiro lugar. Sua liderança é exatamente o que nossa nação precisa para restaurar a lei e a ordem na fronteira, e estamos ansiosos para trabalhar ao lado de sua administração para enfrentar os desafios críticos que nosso país enfrenta”, afirmaram.
Entre os estados representados na declaração estão Texas, Flórida, Virgínia e Dakota do Sul. Segundo informações da Fox News, o estado do Texas já ofereceu diversos locais ao governo federal para facilitar a logística das deportações dos imigrantes. Tom Homan, que será o novo "czar da fronteira" dos EUA, indicou que esses locais serão essenciais para centralizar operações e alojamentos temporários necessários para a execução do plano.
Trump, que assume a presidência em 20 de janeiro de 2025, prometeu dar início ao que chamou de “maior campanha de deportação da história dos EUA”. Homan explicou que a prioridade do programa será a deportação de imigrantes ilegais que representam ameaças à segurança pública, como criminosos e membros de gangues. Contudo, ele ressaltou que nenhuma pessoa que esteja ilegalmente nos EUA estará “fora do radar”.