O número de mortos dos confrontos entre manifestantes e policiais no Egito subiu para 30 nesta terça-feira (22), anunciou o Ministério da Saúde, no quarto dia consecutivo de violência.
Duas pessoas morreram no Cairo, afirma o comunicado citado pela agência oficial Mena. Dezenas de milhares de manifestantes pedem que o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no poder desde a derrubada do presidente Hosni Mubarak em fevereiro, ceda o poder aos civis.
Massacre
Mohammed ElBaradei, ex-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e candidato às eleições presidenciais egípcias previstas para até junho de 2012, denunciou nesta terça-feira (22) um "massacre" na Praça Tahrir, no Cairo.
"Foram utilizadas bombas de gás lacrimogêneo e tiros com balas reais contra os civis em Tahrir, é um massacre", declarou em uma mensagem publicada no Twitter.
No quarto dia de confrontos sangrentos entre a polícia e os manifestantes na emblemática Praça Tahrir, o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no poder desde a derrubada do presidente Hosni Mubarak em fevereiro, manteve uma reunião com vários movimentos políticos.
O CSFA mencionou durante o encontro a possibilidade de nomear Mohammed ElBaradei como novo primeiro-ministro em substituição ao demissionário Esam Sahraf, mas esta hipótese não está confirmada.
Trinta pessoas morreram desde sábado (19) no Egito, onde dezenas de milhares de manifestantes acusam o exército de se agarrar ao poder.
As Forças Armadas prometeram nesta terça-feira eleições presidenciais em junho de 2012 e aceitaram a possibilidade de realizar um referendo sobre a transferência do poder para tentar apaziguá-los.
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