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A terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, realizada nesta segunda-feira (7), terminou com pequenos avanços em relação à logística dos corredores humanitários para a retirada de civis, disse o assessor do Escritório da Presidência ucraniana, Mikhail Podoliak.
Ainda de acordo com uma postagem do assessor em sua conta no Telegram, as partes mantiveram "intensas consultas" sobre um cessar-fogo e garantias de segurança.
A nova reunião entre os representantes dos dois países ocorreu em Belovezhskaya Pushcha, na região Bielorrussa de Brest, perto da fronteira polonesa.
O encontro ocorreu depois que as evacuações planejadas falharam nesta segunda pela terceira vez consecutiva, devido à violação do cessar-fogo humanitário anunciado pela Rússia.
Por sua vez, o negociador-chefe russo, Vladimir Medinsky, afirmou que Moscou espera que os corredores humanitários comecem a operar nesta terça-feira (8). "Dissemos isso claramente. Esperamos que amanhã esses corredores finalmente comecem a funcionar. O lado ucraniano nos deu garantias disso", declarou Medinsky, segundo a agência "Interfax".
Cessar-fogo temporário
A Rússia anunciou nesta manhã um cessar-fogo temporário a partir das 10h (horário local, 4h de Brasília) para abrir corredores humanitários em Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy com seis rotas, das quais quatro terminariam em cidades russas como Rostov do Don (rota para o sul) e Belgorod (para o leste). O plano de evacuação para Kiev inclui também a passagem pelo território de Belarus (Gomel e Gden) com posterior transporte aéreo para a Rússia.
A vice-primeira-ministra e ministra para a Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, disse hoje que essas rotas são "absurdas, cínicas e inaceitáveis".
Já o chefe do Centro Nacional de Controle de Defesa da Rússia, coronel general Mikhail Mizintsev, declarou à "Interfax" que o lado russo observou as rotas de evacuação com drones e acusou a Ucrânia de "não ter realizado uma única etapa prática para a preparação de comboios humanitários".
"Ninguém chegou aos corredores humanitários abertos", disse ele, novamente acusando os "nacionalistas" ucranianos de terem impedido a evacuação. "Ficou claro que os nacionalistas, sob ameaça de violência física, simplesmente não permitem que civis e cidadãos estrangeiros saiam dessas localidades", completou.
Ainda do lado russo, Medinsky disse que as negociações com a delegação ucraniana sobre um acordo para encerrar a "operação militar especial" no país vizinho continuarão, embora as expectativas de Moscou não tenham se materializado.
"Nossas expectativas com as negociações não se concretizaram, mas esperamos que da próxima vez consigamos fazer progressos mais significativos. As negociações vão continuar", afirmou, segundo a agência russa "TASS".