
Quarenta pessoas foram presas após o ataque de sábado à noite contra a embaixada saudita em Teerã, anunciou neste domingo (3) o procurador da capital iraniana citado pela agência de notícias Isna. “Até agora, 40 pessoas que entraram na embaixada foram identificadas e presas. A investigação está em curso para identificar outros responsáveis por este incidente”, declarou o procurador, Abbas Jafari Dolatabadi.
Um grupo de manifestantes iranianos destruiu parte da embaixada da Arábia Saudita em Teerã em protesto contra a execução do líder religioso xiita xeque Nimr al-Nimr no dia 2. Segundo as autoridades iranianas, os manifestantes invadiram um anexo do complexo diplomático saudita na capital do Irã e ateou fogo nos móveis antes de serem dispersados pela polícia. Depois disso, o incêndio foi controlado.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Hossein Jaber Ansari, pediu calma à população em meio à revolta com a execução de Nimr, condenado à morte por envolvimento em uma série de violentos protestos na Província Oriental da Arábia Saudita em 2011. Mais cedo, Ansari afirmou que a Arábia Saudita iria “pagar caro” pela sua política de repressão à dissenção interna ao mesmo tempo que “apoia movimentos terroristas e extremistas”.
Também mais cedo, o governo do Irã havia convococado o encarregado de negócio saudita na capital Teerã a dar explicações sobre a decisão de executar Nimr. Em resposta, a Arábia Saudita convocou o embaixador do Irã para protestar contra declarações “agressivas” de Teerã após a divulgação da morte do xeque.