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Multidão em Teerã carrega o caixão do general iraniano Qasem Suleimani, morto em ataque aéreo na semana passada em Bagdá
Multidão em Teerã carrega o caixão do general iraniano Qasem Suleimani, morto em ataque aéreo na semana passada em Bagdá| Foto: KHAMENEI.IR / AFP

O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou um ataque aéreo no Iraque, matando o general Qasem Suleimani, um dos membros mais antigos do governo iraniano. Suleimani, que ocupava o posto de general, chefiava a Força Quds, o braço terrorista da Guarda Revolucionária Iraniana.

"Soleimani fez da morte de inocentes sua paixão, contribuindo para atentados terroristas em Nova Déli e Londres", disse Trump na sexta-feira (3), usando uma forma alternativa de escrever o nome do general. "Hoje, lembramos e homenageamos as vítimas das muitas atrocidades de Soleimani, e nos consolamos por sabermos que seu reino de terror acabou".

Durante aproximadamente 21 anos, Suleimani comandou a Força Revolucionária e foi acusado de promover atividades militares clandestinas e atentados terroristas fora do Irã, à medida que o país buscava aumentar sua influência regional no Oriente Médio.

"Agimos na noite passada para impedir uma guerra. Não agimos para dar início a uma guerra", disse Trump.

Eis aqui 5 fatos sobre o ex-líder terrorista:

1 - Por que Suleimani era uma ameaça direta aos norte-americanos?

Nos últimos meses, Suleimani orquestrou uma série de ataques contra as forças norte-americanas no Iraque, culminando com um ataque com foguetes realizado em 27 de dezembro. O ataque matou um cidadão norte-americano, feriu quatro pessoas a serviço dos Estados Unidos e pôs em risco a vida de vários outras.

Suleimani também ordenou um ataque recente à embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, de acordo com o Departamento de Estado americano.

Ele dava apoio à ajuda letal dos grupos ligados à Guarda Revolucionária que perseguiram e mataram mais de 600 norte-americanos entre 2003 e 2011.

O Departamento de Estado confirmou que Suleimani viajava pelo Oriente Médio coordenando "outros ataques de larga escala contra diplomatas e funcionários norte-americanos". A nota acrescentava que "as ameaças eram bastante críveis e as informações do serviço de inteligência são sólidas".

2 - Que países foram atacados por ordem de Suleimani?

A Força Quds — sob direção de Suleimani — planejou e realizou ataques terroristas em seis continentes e dentro dos Estados Unidos, de acordo com o Departamento de Estado.

Suleimani foi o responsável direto por armar, financiar e treinar grupos ligados aos iranianos – milícias – no Iraque, Síria, Líbano, Bahrain, Iêmen e Afeganistão, entre outros, causando a morte de dezenas de milhares de pessoas, disse o Departamento de Estado.

Além disso, grupos ligados ao Irã matam e perseguem regularmente civis, inflamando conflitos sectários existentes.

3 - O que ele fez no Iraque?

O Departamento de Estado diz que Suleimani orientava pessoalmente e armava milícias no Iraque há mais de dez anos, tanto durante a Guerra do Iraque quanto depois que a presença norte-americana perdia força no país.

As milícias financiadas pelo Irã ameaçavam as forças de segurança iraquianas e tinham como alvo cidadãos, diplomatas e militares.

4 - Quais as "credenciais" dele como terrorista internacional?

O Departamento de Estado, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia condenaram seguidamente Suleimani ao longo dos anos.

A ONU e a União Europeia também impuseram sanções a ele. Em 2016, ele foi proibido de viajar para fora do Irã pela Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU. Suleimani desafiou a resolução e continuou viajando para trabalhar com milícias terroristas no Iraque, Síria e Líbano.

A União Europeia o condenou, numa resolução de 2011, por apoiar o regime do ditador sírio Bashar Assad.

Em 2007, a Resolução 1747 do Conselho de Segurança da ONU repreendeu Suleimani por seu envolvimento no programa nuclear iraniano.

5 - O que os ex-presidentes falavam sobre Suleimani?

"O que os Estados Unidos fizeram ontem deveria ter sido feito há muito tempo", disse Trump na sexta-feira.

O Departamento de Estado, sob a administração de Donald Trump, declarou a Guarda Revolucionária Iraniana uma organização terrorista por suas atividades em 2019.

Apesar de não ter virado alvo militar, Suleimani foi alvo da ira de ex-presidentes americanos dos dois partidos.

O antecessor democrata de Trump, Barack Obama, assinou a Ordem Executiva 13224, considerando Suleimani um "terrorista mundial". Obama também assinou a Ordem Executiva 13572, que mencionava o general por violações dos direitos humanos em 2011.

O presidente George W. Bush, republicano, assinou a Ordem Executiva 13882, de 2007, impondo sanções que impediam o acesso a bens de distribuidores de armas que forneciam material bélico a terroristas, incluindo Suleimani.

©2020 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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