Barcos de mísseis da classe Kuang Hua VI da Marinha de Taiwan manobram no porto militar de Keelung,, Taiwan, 14 de outubro de 2024| Foto: Ritchie B. Tongo/EFE/EPA
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Mais de 50 aviões e navios de guerra chineses passaram ao redor de Taiwan nas últimas 24 horas, depois que Pequim estabeleceu sete zonas aéreas reservadas para possíveis manobras militares, informaram nesta terça-feira (10) fontes oficiais.

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Em um comunicado, o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan disse que entre as 6h de segunda-feira (19h de domingo em Brasília) e as 6h de terça-feira (19h de segunda-feira em Brasília), foram detectadas 47 aeronaves e 12 navios de guerra chineses nas proximidades da ilha, além de outros nove “navios oficiais” chineses.

Do número total de aeronaves, 16 cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma fronteira não oficial que tem sido cada vez mais violada pela China nos últimos anos, e entraram na região sudoeste da autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan (ADIZ), mas não entraram no espaço aéreo de Taipei.

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As forças armadas de Taiwan elevaram o nível de alerta na segunda-feira, antecipando o possível lançamento de uma nova onda de exercícios militares da China, que seria a terceira este ano, embora Pequim ainda não tenha confirmado oficialmente a realização de qualquer operação militar.

No domingo, autoridades chinesas estabeleceram sete zonas aéreas nas províncias de Zhejiang, no leste, e Fujian, no sudeste, ao longo da costa de Taiwan, uma medida que durará até as 20h desta quarta-feira (9h de Brasília) .

Em resposta, o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan disse que instruiu “todas as unidades a manter um controle rigoroso das atividades inimigas e um alto nível de alerta” e também iniciou “exercícios de prontidão de combate” antes de possíveis manobras do exército chinês nessas áreas.

Esses possíveis exercícios militares ocorrem poucos dias depois de o presidente de Taiwan, William Lai, encerrar uma viagem pelo Pacífico Sul com compromissos em seus três países aliados na região - Ilhas Marshall, Tuvalu e Palau - e paradas no Havaí e Guam, que são parte dos EUA, o que enfureceu a China.

Na semana passada, o regime chinês expressou repetidamente sua “firme rejeição” à passagem de Lai pelos EUA, insistindo que defenderia “inabalavelmente” sua “soberania e integridade territorial” contra tentativas de “forças externas” de “interferir” nos “assuntos internos” de Pequim.

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A China considera o presidente de Taiwan - um território governado de forma autônoma desde 1949 e cuja soberania é reivindicada pelo país - como um “combatente da independência” e um “causador de problemas”.

Desde a posse de Lai, em 20 de maio, o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan detectou mais de 3.300 aeronaves militares chinesas perto da ilha, das quais 2.343 cruzaram a linha divisória do Estreito ou violaram a autoproclamada ADIZ, 37% a mais do que em todo o ano de 2023.