Cerca de 50 parlamentares devem deixar o Partido Democrático do Japão (PDJ) junto com o ex-líder do partido Ichiro Ozawa, informou o jornal Nikkei em sua edição de segunda-feira (02). Os assessores de Ozawa esperam que o anúncio da saída ocorra nesta segunda-feira, seguido dos preparativos para o lançamento de um novo partido já na primeira quinzena deste mês.
"Até amanhã, no máximo, precisamos decidir quais medidas tomar para alcançar o que defendemos", Ozawa disse neste domingo.
Cerca de 40 parlamentares na Câmara Baixa e mais de dez na Câmara Alta devem se juntar a Ozawa, que se opõe aos esforços do primeiro-ministro Yoshihiko Noda, também do PDJ, de elevar o imposto sobre consumo. A Câmara Baixa do Japão aprovou na terça-feira o aumento do imposto, que vai subir de 5% para 10% nos próximos três anos.
Os dissidentes da Câmara Baixa, no entanto, não devem chegar a 55, número a partir do qual o PDJ não teria votos suficientes para derrubar uma moção de não-confiança contra o gabinete.
"Arquivar medidas inovadoras de pensão e planos de saúde para forçar, imprudentemente, a aprovação de aumento de impostos é uma traição ao público", disse Ozawa, criticando Noda pela legislação de aumento de impostos. "Não dá para evitar que o PDJ seja chamado de mentiroso."
O secretário-geral do PDJ, Azuma Koshiishi, reuniu-se várias vezes com Ozawa na tentativa de mantê-lo no partido, mas reconheceu que as opções estão ficando cada vez mais limitadas. "Tentarei novas discussões se necessário, mas o tempo está acabando", disse, indicando que as demandas de Ozawa não serão atendidas. As informações são da Dow Jones.
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