O fumo passivo faz 600 mil mortes por ano e apenas 5,4% da população mundial está totalmente protegida por leis que limitam a exposição ao cigarro. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que publicou nesta quarta-feira (08) seu relatório anual sobre o tabaco no mundo. O levantamento indica que o número de fumantes vítimas fatais de doenças provocadas pelo cigarro já chegam a 5 milhões por ano. As leis no Brasil, em especial em São Paulo, são consideradas positivas.

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As constatações, segundo os especialistas, são preocupantes. Entre 2008 e 2009, países que representam 154 milhões de pessoas passaram a adotar amplas leis contra o fumo em locais de trabalho, restaurantes, bares e outros estabelecimentos. Mas, no total, o número de países com um nível máximo de leis é de apenas 17,90%. Das cem maiores cidades do mundo, apenas 22 tem leis consideradas duras suficientes contra o cigarro.

A OMS elogiou São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador por suas medidas contra o cigarro. Em uma escala de zero a dez, o Brasil recebeu nota nove da organização por suas políticas contra o cigarro. Na América Latina, apenas Uruguai e Panamá tem leis mais duras. A OMS, porém, indica que o Brasil ainda não tem leis para proibir o fumo em transporte público.

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"Mais de 94% da população mundial continua totalmente desprotegida e exposta ao fumo", afirmou o vice-diretor da OMS, Ala Alwan. Para ele, cabe aos governos adotar leis duras para garantir a saúde dos fumantes passivos. No total, 700 milhões de crianças estão expostas à fumaça dos cigarros e, para um estabelecimento, não é suficiente reservar salas para não-fumantes.

Nos Estados Unidos, o custo gerado por doenças em fumantes passivos chega a US$ 10 bilhões às contas públicas a cada ano. Apenas na cidade de Hong Kong, o custo é de US$ 156 milhões.

Um dos apelos da OMS é para que governos usem o dinheiro coletado com os impostos sobre o cigarro para combater o fumo. Segundo os dados da entidade, as autoridades coletam US$ 167 bilhões em impostos do setor do cigarro. Mas gasta apenas US$ 965 milhões em políticas de controle.

No mundo, o fumo mata 5 milhões de pessoas por ano. No atual ritmo de progressão, serão 8 milhões de mortes até 2030. Mais de 80% das mortes ocorrem em países pobres e emergentes.

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