Um grupo de 85 presos, a maioria ligados a cartéis de drogas, fugiu na sexta-feira (10) de uma prisão mexicana próxima à fronteira com os Estados Unidos, disseram autoridades e a imprensa.
Os presos pularam a muralha da penitenciária de Reynosa, que fica junto à cidade texana de McAllen, nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, segundo a imprensa local. O Ministério Público confirmou a fuga, mas não deu mais detalhes.
A polícia prendeu mais de 40 funcionários prisionais que estavam de plantão na hora da fuga, e dois carcereiros estão desaparecidos, segundo uma rádio e o jornal "El Norte".
Em julho, autoridades do Estado de Durango descobriram que funcionários prisionais permitiam que os detentos deixassem as prisões para cometer vinganças contra inimigos.
O presidente Felipe Calderón, envolvido numa feroz batalha contra quadrilhas de narcotraficantes, promete acabar com a corrupção nas cadeias, onde no passado chefes do crime organizado viviam luxuosamente, ou fugiam quando desejavam.
Mas o presidente conservador tem tido dificuldades para controlar a corrupção e o banditismo no sistema carcerário.
Calderón está sob enorme pressão para controlar a violência ligada à luta contra os traficantes, e a disputas entre os cartéis, que já mataram mais de 28 mil pessoas desde o final de 2006. O governo diz que a atual onda de violência é um reflexo do enfraquecimento dos cartéis.
Na quinta-feira, pistoleiros invadiram várias casas em Ciudad Juarez, num aparente ajuste de contas entre traficantes, matando 25 pessoas. Em outro incidente no mesmo dia e na mesma cidade, quatro transeuntes morreram num tiroteio no meio de um congestionamento. Foi o dia mais violento nessa importante cidade fronteiriça desde janeiro de 2008, quando começou essa fase de assassinatos.
Na semana passada, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que a situação do México começa a lembrar a da Colômbia há 20 anos, quando os cartéis da droga dominavam certas partes do país. O presidente norte-americano, Barack Obama, rejeitou a comparação.
A violência afasta turistas e investidores do México, que tenta se recuperar da sua pior recessão em quase 80 anos. Cidades voltadas para a exportação são particularmente afetadas. Ciudad Juarez, por exemplo, perdeu 75 mil empregos industriais no ano passado.
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