A atitude de separar o lixo seco e úmido parece ter sido incorporada pela grande maioria dos moradores de Curitiba. Pelo menos é o que eles afirmam quando são questionados se separam o lixo orgânico do reciclável. Quase nove em cada dez moradores dizem que fazem a separação dos materiais. Em consulta feita nas ruas, igual índice declara não ter dúvidas sobre como o trabalho deve ser feito. Entrevistas feitas pelo instituto Paraná Pesquisas mostram que também está no patamar superior a 80% a proporção de cidadãos que sabem o horário da coleta seletiva.

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Chama a atenção que 63% dos consultados consideram que separar o lixo não é “nada trabalhoso”. Ainda assim, quando os sacos plásticos que saem de casas e empresas são abertos, é comum encontrar entre os resíduos convencionais alguns materiais que poderiam ser reciclados. Também entre o que é coletado pelo Lixo que não é Lixo estão resíduos que não poderão ser reaproveitados e terão de ser encaminhados para o aterro. Em ambos os caos, a proporção de materiais destinados erroneamente é superior a 30% do volume recolhido.

Análise

Para o diretor do instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, os resultados do levantamento mostram que a população tem informações sobre a destinação correta do lixo. Contudo, ele acredita que, como os números revelam uma leve tendência de queda em relação ao ano anterior, pode significar uma acomodação.

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Hidalgo avalia que o cenário pode ser revertido com campanhas educativas. Para ele, falta divulgação. “As pessoas vão esquecendo e precisam ser estimuladas constantemente.” Apesar da realização de uma campanha sobre o lixo no último ano, o diretor analisa que o trabalho não foi suficiente para motivar a população nem emplacou como as realizadas anteriormente. O destaque positivo da consulta foi que o serviço de coleta de lixo é bem avaliado pela população.