O líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, deu ordens para que a milícia que seguia rumo a Moscou recue e volte às bases para “evitar um derramamento se sangue”. A ordem, se acordo com a agência Reuters, foi dada neste sábado (24) por meio de uma mensagem de áudio quando a coluna rebelde estava a cerca de 200 quilômetros de seu objetivo.
O prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, descreveu neste sábado a situação nos arredores da capital russa como “difícil” devido à rebelião armada dos mercenários do Grupo Wagner, que se aproximavam da cidade, e decretou a próxima segunda-feira como feriado.
O acordo para o recuo teria sido costurado pelo presidente de Belarus e aliado de Vladimir Putin, Alexander Lukashenko. Entre os termos desse acordo está a garantia de segurança para as forças rebeldes, informou o gabinete de Lukashenko. Mais cedo, Prigozhin afirmou que a marcha rumo à capital russa estava motivada pela “justiça” e teria como objetivo “remover comandantes russos corruptos e incompetentes”.
O avanço do grupo Wagner começou na madrugada deste sábado, no horário de Brasília, quando a milícia ocupou o quartel-general russo em Rostov. O local é estratégico para as forças militares de Putin – e de lá o comando das ações da guerra contra a Ucrânia.
De Rostov, o grupo Wagner seguiu avançando até a cidade de Voronezh, a 600 quilômetros de Moscou. Um helicóptero militar russo abriu fogo contra a coluna rebelde, que entre outros equipamentos contava com veículos de transporte de tropas e pelo menos um tanque blindado.
Mais tarde, os rebeldes haviam conquistado uma terceira cidade no caminho até a capital Russa. “O equipamento (de guerra) do Grupo Wagner está avançando no território da região de Lipetsk”, alertou o governador local, Igor Artamonov, no Telegram. A cidade fica a cerca de 340 quilômetros de Moscou.
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