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Sarkozy e Royal disputarão 2º turno na França

A divulgação dos primeiros resultados parciais provocou muita comemoração nas sedes de campanha dos dois candidatos em Paris.

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A vantagem do candidato conservador à Presidência da França, Nicolas Sarkozy, sobre sua rival socialista, Ségolène Royal, está caindo nas pesquisas de opinião na véspera do crucial debate na TV, marcado para a próxima quarta-feira (2). O segundo turno da eleição será no domingo (6).

Segundo uma pesquisa do instituto LH2 divulgada hoje (e realizada, em parte, no sábado, depois do debate entre Ségolène e o ex-candidato centrista François Bayrou) mostra Sarkozy na frente, com 52% dos votos. É uma queda de dois pontos percentuais, enquanto a candidata socialista subiu, atingindo 48% das intenções de voto.

Segundo outra pesquisa do instituto Ifop para a revista "Paris Match", realizada nos dois dias que precederam o inédito encontro entre Ségolène e Bayrou, Sarkozy ganharia com 53% dos votos, uma queda de meio ponto percentual.

Na pesquisa do LH2, a socialista obteria 55% dos votos dos que apoiaram Bayrou no primeiro turno das eleições presidenciais do dia 22, o que representa um avanço de cinco pontos.

Na pesquisa do Ifop, 57% dos eleitores de Bayrou votariam em Ségolène, um aumento de quatro pontos.

O voto dos quase sete milhões de franceses que apoiaram Bayrou se tornou peça-chave no segundo turno, no dia 6 de maio, e é cortejado pelos dois finalistas.

A maioria dos eleitores do político de extrema-direita Jean-Marie Le Pen (quarto no primeiro turno, com 3,8 milhões de votos), por sua vez, apoiaria Sarkozy, indicam as duas pesquisas.

Na tradicional festa de 1º de maio da Frente Nacional - de que é líder - em Paris, espera-se que Le Pen se posicione em relação ao duelo Royal-Sarkozy, embora os analistas apostem que ele não aconselhará seus eleitores sobre como votarem.

A maioria dos que apoiaram a esquerda radical votaria em Ségolène no dia 6 de maio.

Enquanto isso, os dois candidatos se preparam para o debate na televisão de quarta-feira.

"Toda minha vida foi feita de diálogo e debate (...) Estou preparada por definição", afirmou hoje a candidata socialista.

O debate, "um momento democrático muito forte", deve permitir que os franceses que ainda têm dúvidas "se definam", disse Ségolène Royal à imprensa. Ela está resolvida a aproveitar a ocasião para esclarecer as soluções que propõe para a França.

Já o candidato da conservadora União para o Movimento Popular (UMP), Sarkozy, pensa no debate com "muita seriedade e humildade", como declarou após um comício em Córsega.

Na ilha mediterrânea, palco de atentados independentistas, o ex-ministro do Interior chamou os terroristas de "covardes" e "racistas": "as primeiras vítimas da violência são os corsos, tomados como reféns de uma minoria", disse.

Sarkozy visitará amanhã um centro de salvamento marítimo na Bretanha, no noroeste da França, enquanto Ségolène se reunirá com milhares de seguidores em um estádio de Paris para um "encontro-comício" gratuito da "fraternidade" e "para a vitória".

Será um ato "simples, popular e político" por "uma França reconciliada", assegurou a candidata socialista.

Uma das estrelas do encontro, Georges Moustaki, um famoso cantor francês, assegurou que a reunião no estádio Charléty "lembrará maio de 68" (quando estudantes se manifestaram contra o que chamavam de "sistema arcaico"). Ele acusou Sarkozy de "crime de lesa-majestade" por "combater" as liberdades conquistadas nessa época.

Hoje, as críticas aumentaram contra o candidato da UMP, devido a seus ataques ao espírito e aos herdeiros das revoltas estudantis de maio de 1968, durante um comício ontem em Paris.

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