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Violência

A 9 dias da eleição presidencial, Argentina tem chacina de policiais

Três policiais que faziam a vigilância de um dos prédios do Ministério de Segurança da província de Buenos Aires foram assassinados na madrugada desta sexta-feira (19) por um grupo armado, a nove dias das eleições gerais na Argentina.

"Não é por acaso que isso aconteceu poucos dias antes das eleições", afirmou o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, em um ato na Casa Rosada, a sede do governo federal.

O presidente se mostrou comovido pelo que definiu como "um ato de selvageria absoluto", que para ele está vinculou ao avanço dos julgamentos contra os acusados de crimes contra a humanidade durante a ditadura (que vigorou entre 1976-83), que deixou 30 mil desaparecidos.

A mulher de Kirchner, Cristina Fernández, é a favorita para ganhar a eleição. Pesquisas indicam que ela vencerá o pleito ainda no primeiro turno, marcado para o próximo domingo (28).

A condenação de argentinos que participaram de torturas durante a ditadura é um dos motes da campanha da primeira-dama -alegando que foi a administração Kirchner a responsável por mudar a legislação em vigor, permitindo o julgamento dessas pessoas.

Para Kirchner, o crime pode estar relacionado com um "ajuste de contas, uma ação mafiosa ou que tenha a ver com os julgamentos que estão sendo levados adiante" contra repressores da última ditadura.

Em seu discurso, o presidente ainda acusou os setor da "velha Argentina", entre os quais os que "não querem ser julgados" e os que "falam contra a insegurança e mentem".

Ecos da ditadura

Nas últimas semanas já foram julgados e condenados dois policiais e um capelão no primeiro julgamento contra um dos acusados por crimes cometidos na Escola de Mecânica da Marinha (ESMA), o mais conhecido campo de concentração da ditadura.

Triplo assassinato

O triplo assassinato ocorrreu no prédio de uma estação transmissora de dados em que se encontram os equipamentos de comunicação do ministério da Segurança.

Os corpos foram encontrados pelo policial que chegou para substituir as vítimas. Os criminosos roubaram as armas dos policiais mortos.

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