Milhares de casas estão sem energia elétrica e o nível do mar subiu, inundando residências, no litoral da Carolina do Norte, à medida que o furacão Florence avança em direção ao continente. Na madrugada desta sexta-feira (14), já bem próximo à costa Leste dos Estados Unidos, a tempestade já havia perdido a força – foi rebaixado para a categoria 1 –, mas mesmo assim não perdeu o potencial de causar inundações “catastróficas” e ainda representa “ameaça à vida”, segundo o Centro Nacional de Furacões.
Nas redes sociais, estão circulando vídeos de inundações, ventos fortes, e queda de estruturas no litoral da Carolina do Norte. Também há vários relatos de pessoas que estão sem energia elétrica – segundo o governo do estado, mais de 400 mil unidades consumidoras estão no escuro. Uma das cidades mais afetadas foi New Bern, onde mais de 100 pessoas relataram precisar de resgate.
A velocidade máxima do furacão nesta madrugada chegou a 150 Km/h. A pior tempestade está sendo esperada para esta sexta nos estados da Carolina do Norte e do Sul. De acordo com o Centro Nacional de Furacão dos EUA, o Florence fez sua aterrissagem perto de Wrightsville Beach, na Carolina do Norte, às 7h15 desta sexta.
O que o furacão "perdeu em termos de velocidades máximas de vento perto de seu centro, agora ganhou em termos de expansividade", disse Peter Mullinax, meteorologista da Planalytics. "Este será provavelmente um dos piores eventos de tempestades na história da Carolina do Norte".
A conta total por danos do Florence pode chegar a US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões, disse Chuck Watson, pesquisador de desastre da Enki Research em Savannah, na Geórgia. Centenas de milhares de pessoas evacuaram a costa, mais de 1.500 vôos dos EUA foram cancelados, fábricas foram fechadas e fazendeiros correram para salvar colheitas, aves e porcos em antecipação à tempestade.
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