Imagens registradas durante o ataque contra uma multidão que acompanhava um festival de música country em Las Vegas, na noite de domingo (1º), tomaram a mídia e as redes sociais. Uma das fotos mais vistas mostra um homem deitado em cima de uma mulher para protegê-la dos disparos. Não é possível dizer, no entanto, se a mulher estava morta ou ferida naquele momento. Pelo menos 59 pessoas morreram e outras 526 ficaram feridas no episódio protagonizado pelo americano aposentado Stephen Paddock, do 32º andar do hotel e cassino Mandalay Bay.
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Três dias depois do ataque, o mistério sobre a foto icônica do massacre ainda intriga quem acompanhou o drama daquelas pessoas.
O fotógrafo David Becker, que fazia a cobertura do festival, conta o desfecho do que testemunhou. “Eu não sei se ela estava ferida. Mas o homem estava claramente fazendo um escudo em cima dela para que não fosse atingida”, disse o profissional, em entrevista ao jornal Daily Mail. Instantes depois desse clique, Becker viu o casal se levantar rapidamente e sair correndo.
A identidade do casal e suas condições no momento do ataque ainda são desconhecidas.
De volta ao trabalho
Antes do tiroteio começar, Becker já tinha finalizado o trabalho no Route 91 Harvest festival. Ela já havia começado, inclusive, a descarregar as fotos para editá-las. Quando ouviu o barulho dos disparos, um segurança do evento disse a ele que o som vinha de “foguetes” que estavam sendo soltos. Becker continuou o que estava fazendo, até que viu uma multidão começar a fugir. Foi então que o fotógrafo decidiu retornar ao festival e registrar o massacre.
Segundo Becker, havia muitas pessoas desconhecidas se ajudando e fazendo de tudo para que pudessem sobreviver. Outras fugiam e algumas só pediam para que as luzes fossem apagadas e que todos fizessem silêncio.
O fotógrafo lembra que não tinha noção da dimensão da situação ainda quando estava fazendo registros. “Quando terminei e me refugiei em um local seguro, comecei a olhar as imagens da câmera. Foi então que percebi o quão horrível era o que estava vendo. As pessoas estavam morrendo”, disse ele ao Daily Mail.
Apenas horas mais tarde, Becker soube que fotografou o ataque com tiros mais mortal da história de seu país.
Colaborou: Isabelle Barone
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