Londres (EFE) — Cachorros que sabem quando seus donos estão de volta, gatos que reagem ao telefone quando alguém conhecido liga, cavalos que acham o caminho de casa mesmo andando numa área estranha, animais que antecipam terremotos... Certos aspectos do comportamento dos animais sugerem que estes possuem uma percepção que vai além do explicável.

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Alguns dos seres vivos com os quais temos mais contato, como os animais de estimação ou os de fazenda, parecem possuir tipos de percepção não mencionadas nos manuais veterinários, os quais costumam gerar ceticismo nos círculos científicos estabelecidos: a telepatia, o senso de orientação e as premonições.

A existência destes fenômenos, amplamente documentados, mas pouco estudados, sugere que certos poderes parapsicológicos humanos, o "sexto sentido" do qual às vezes falamos, parecem mais naturais quando considerados à luz do comportamento animal.

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Quem diz isso é o britânico Rupert Sheldrake, especialista em ciências naturais, filosofia e bioquímica e um dos cientistas mais inovadores do mundo, segundo o qual "grande parte do que hoje nos parece surpreendente começará a ser visto como normal quando ampliarmos nossa idéia sobre o que é a normalidade".

Segundo Sheldrake, que estudou a capacidade de percepção dos animais durante cinco anos, "em experimentos filmados se viu que há cachorros capazes de antecipar o retorno de seus donos em momentos escolhidos ao acaso, mesmo quando eles estão num táxi ou num veículo estranho para o animal". Há animais de estimação que também respondem telepaticamente a uma série de outras intenções humanas, reagindo a ligações telefônicas e a ordens silenciosas. Alguns sabem quando uma determinada pessoa está ao telefone. Outros reagem quando seu dono sofre ou agoniza em algum lugar distante.

Pombos-correio

Outra capacidade sensitiva animal não explicada é a do senso de direção. Os pombos-correio conseguem encontrar o caminho de volta mesmo tendo percorrido centenas de quilômetros em áreas desconhecidas. As andorinhas migratórias européias viajam milhares de quilômetros até suas fontes de alimentação na África, para depois, na primavera, retornarem para suas terras de origem, inclusive para o mesmo local em que aninharam antes.