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Câmeras diante do prédio nova-iorquino onde vive a criança internada ontem com suspeita de ebola — exame deu negativo | Mike Segar/Reuters
Câmeras diante do prédio nova-iorquino onde vive a criança internada ontem com suspeita de ebola — exame deu negativo| Foto: Mike Segar/Reuters

Contágio

Centro para Controle e Prevenção de Doenças faz novas recomendações

Estadão Conteúdo

Autoridades de saúde dos EUA recomendaram que pessoas que estão sob maior risco de estarem infectadas pelo ebola evitem viagens comerciais ou grandes reuniões públicas, mesmo que elas não tenham sintomas da doença.

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) publicou ontem uma atualização das orientações para autoridades estaduais e municipais. O documento veio após os governadores de Nova York e Nova Jersey estabelecerem quarentenas obrigatórias para os profissionais de saúde vindos dos três países mais afetados pelo surto, na África Ocidental. Anteriormente, o CDC recomendou o monitoramento de viajantes provenientes de África Ocidental por três semanas após chegarem aos EUA. Ontem, o CDC estabeleceu quatro categorias de risco de contágio do vírus.

Aqueles com maior risco são os que tiveram contato direto com fluidos corporais de um paciente com ebola, incluindo os profissionais que sofreram ferimentos com agulha.

ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, criticou ontem as recentes restrições a viajantes vindos de países atingidos pela epidemia do vírus ebola, dizendo que essas regras criaram dificuldades para os trabalhadores de saúde que arriscam as vidas na batalha contra a doença.

Cuidado

Os estados americanos de Virginia e Maryland vão monitorar a saúde de todos os viajantes vindos dos três países mais atingidos pelo ebola: Guiné, Libéria e Serra Leoa. Os estados não vão aplicar quarentenas obrigatórias para todos os profissionais de saúde que retornarem destes locais.

Os governadores de Nova York e Nova Jersey estão em disputa com cientistas americanos após determinarem que médicos vindos do oeste da África devem passar por um período de quarentena de 21 dias. A medida foi criticada pela comunidade médica e pela Casa Branca, que acreditam que voluntários podem se sentir desmotivados para ajudar os países que enfrentam a epidemia de ebola.

No último domingo, os dois governadores reafirmaram separadamente que as políticas adotadas permitem que os profissionais de saúde sejam submetidos a quarentena em casa, desde que não apresentem sintomas da doença.

Os médicos sob essa condição serão monitorados duas vezes ao dia por agentes de saúde. A discussão acerca do programa ganhou destaque após uma enfermeira vinda da Serra Leoa, Kaci Hickox, ter sido colocada em quarentena à força em uma ala de isolamento de um hospital em Nova Jersey. Ela afirma não ter desenvolvido sintomas da doença e ter realizado teste com resultado negativo para o ebola. Ontem, Kaci foi liberada depois de 24 horas sem apresentar sintomas.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que quarentenas desse tipo serão aplicadas apenas em alguns casos. Profissionais de saúde que forem mantidos em casa por 21 dias poderão ficar com os familiares, mas visitas de amigos devem receber aprovação prévia das autoridades. "Estamos fazendo todo o possível. Alguns dizem que estamos sendo muito cautelosos. Essa é uma crítica que irei aceitar", afirmou.

"Não queremos colocar os profissionais de saúde em uma posição muito, mui­­to desconfortável para que eles decidam se volun­­tariar", afirma o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infec­­ciosas, Anthony Fauci. Para ele, a política deve ser guiada pela ciência na questão e não há sinais de que um paciente de ebola possa transmitir o vírus antes de apresentar sintomas.

Militares voltam da Libéria e são monitorados

Estadão Conteúdo

Onze militares dos Estados Unidos que retornaram da Libéria estão em quarentena na cidade de Vicenza, na Itália, como forma de prevenir o contágio por ebola em outras regiões.

Dentre eles está o major-general Darryl Williams, que atuava como comandante do Exército norte-americano na região oeste da África, foco da epidemia de ebola que começou em março passado e já matou mais de 5 mil pessoas e teve mais de 10 mil casos reportados.

Centenas

De acordo com a CBS News, se o governo der continuidade a essa política, centenas de outros militares vindos da Libéria devem ser submetidos a um período de quarentena de 21 dias — tempo máximo de incubação do vírus.

Outros 30 soldados deveriam chegar à Itália ontem. Não há informações sobre se eles foram expostos ao vírus ou se apresentaram sintomas da doença.

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